
A XRP nunca teve o mesmo apelo de manchete do bitcoin. Mas, curiosamente, continua firme. Criada em 2012, ela nasceu com um propósito direto: resolver um problema antigo dos bancos, as transferências internacionais lentas e caras. Em 2025, ainda é exatamente isso que explica a sua relevância.
Não à toa, muita gente acompanha o desempenho da xrp hoje real quase como quem olha a cotação do dólar. Afinal, é uma das criptos mais negociadas do planeta.
O que é a XRP e por que chama atenção
Ao contrário do bitcoin, que precisa de mineração, a XRP funciona com consenso. Isso significa que as transações não demoram horas — levam segundos. O custo é baixíssimo. E a rede aguenta um grande volume de operações.
Essa combinação atraiu bancos e fintechs. A Ripple, empresa que desenvolveu a XRP Ledger, fechou parcerias desde cedo. A ideia nunca foi ser reserva de valor, mas sim meio de pagamento eficiente.
Números globais
Segundo a CoinMarketCap, a XRP continua no top 10 de maiores criptomoedas por valor de mercado. Milhões de dólares trocam de mãos todos os dias.
O Banco de Compensações Internacionais (BIS) já destacou, em relatórios recentes, o potencial de blockchains para remessas internacionais. A XRP quase sempre aparece como exemplo, justamente por sua velocidade e baixo custo (fonte: BIS).
O Brasil e a XRP
O Brasil aparece nesse mapa. E não é pouco. A Chainalysis colocou o país como o 7º maior mercado global em adoção de cripto em 2024. E, dentro desse uso, tokens de pagamento como a XRP têm um espaço natural: remessas.
Pensa num brasileiro que recebe dinheiro de um parente dos Estados Unidos. Ou que manda recurso pra família no exterior. Segundo o Banco Central, só em 2024, as remessas internacionais movimentaram US$4,5 bilhões. Tradicionalmente, enviar dinheiro para o exterior a partir do Brasil pode custar entre 3% e 7% do valor, somando taxas de transferência, spread cambial e custos intermediários. Plataformas que usam a XRP para liquidar essas transações conseguem reduzir esse custo para menos de 1%, uma economia que, em um volume bilionário, representa um impacto social e econômico gigantesco para as famílias que dependem desses recursos. Parte desse volume já passa por exchanges que oferecem liquidação em XRP. É importante notar que essa adoção no Brasil é impulsionada não apenas por grandes bancos, mas por um ecossistema vibrante de fintechs e startups de pagamento que são mais ágeis e constroem seus modelos de negócio sobre essa nova infraestrutura financeira, oferecendo produtos mais baratos e eficientes ao consumidor final.
Diferença em relação a outras criptos
Vale reforçar: a XRP não tenta ser tudo. O bitcoin virou reserva de valor. O ethereum, base para contratos inteligentes. A XRP sempre quis ser a moeda da transferência rápida.
- Transações em segundos.
- Taxas baixíssimas.
- Escalabilidade de milhares de operações por segundo.
Na prática, é isso que explica o interesse de bancos e empresas que lidam com pagamentos.
Regulação e segurança
O Brasil tem o Marco Legal dos Criptoativos desde 2023 (Lei 14.478). Isso trouxe mais clareza e segurança para investidores e empresas do setor.
Já a Ripple enfrentou brigas jurídicas nos EUA. Mas em 2023 veio uma vitória importante: um tribunal reconheceu que a venda de XRP em mercados secundários não era título mobiliário. O resultado foi mais aceitação global e menos incerteza. Essa decisão foi um marco, pois forneceu uma clareza regulatória nos EUA que muitas outras criptomoedas ainda não possuem. Para instituições financeiras avessas ao risco, essa segurança jurídica foi o sinal verde que faltava para avançar com projetos-piloto e integrações, dando à Ripple uma vantagem competitiva significativa no mercado norte-americano e global.
Para onde vai a XRP
É difícil prever futuro em cripto. Mas algumas tendências já estão em curso:
- Bancos e empresas de remessa ampliando testes com a XRP Ledger.
- Projetos de moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) interagindo com a rede.
- A América Latina crescendo como terreno fértil, justamente por ter sistemas caros e lentos.
No Brasil, a expectativa é clara: o Drex, real digital em fase de testes, pode se conectar a protocolos como a XRP Ledger e abrir novos usos. A visão aqui é que a XRP Ledger funcione como uma “ponte interoperável” entre diferentes CBDCs. Imagine o Drex se conectando de forma fluida a um futuro euro digital ou dólar digital através da rede da XRP, permitindo pagamentos internacionais entre moedas digitais soberanas com a mesma eficiência que uma transação local. A XRP não competiria com as CBDCs, mas sim serviria como a infraestrutura de liquidez neutra entre elas.
Conclusão
Em setembro de 2025, a XRP mostra que resistiu ao tempo. Não é hype, não é só especulação. É uma rede que resolveu um problema real e que segue ganhando espaço.
Para o investidor brasileiro, acompanhar a xrp hoje é também acompanhar como os pagamentos internacionais estão mudando. Porque, no fim, a história da XRP nunca foi prometer mundos e fundos. Foi simplesmente entregar rapidez e baixo custo. E isso, pelo visto, ainda faz toda a diferença.
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