A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – o corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, administrado pela Associação Pró-Dança – está de volta aos palcos das Fábricas de Cultura em São Paulo com apresentações gratuitas. Os espetáculos ocorrerão nas unidades de Cidade Tiradentes (5 de novembro), Vila Curuçá (12 de novembro), Sapopemba (19 de novembro) e Parque Belém (26 de novembro), sempre às 14h30. Os ingressos serão distribuídos uma hora antes das apresentações, diretamente na bilheteria do teatro.
O público poderá aproveitar um repertório que abrange desde o clássico até o contemporâneo, destacando a versatilidade da Companhia. O programa incluirá as obras Aparições, de Ana Catarina Vieira; Pas de Deux O Cisne Negro, por Mario Galizzi, baseado nas coreografias de Marius Petipa (1818-1910) e Lev Ivanov (1834-1901); e Casa Flutuante, de Beatriz Hack. “Apresentar-se nas Fábricas de Cultura é uma chance de aproximar a arte das comunidades, fomentando o diálogo e compartilhando a beleza da dança”, comenta Inês Bogéa, diretora artística da São Paulo Companhia de Dança.
Aparições marca a estreia da coreógrafa contemporânea Ana Catarina Vieira na SPCD. Inspirada nas obras de Cândido Portinari, César Guerra-Peixe e nas danças populares do Nordeste brasileiro, a obra é enriquecida pelos figurinos e elementos cênicos de Marco Lima, que ampliam a expressividade do gesto no espaço, enquanto a iluminação de Wagner Freire harmoniza com os diferentes elementos da dramaturgia. O título remete ao poema de Portinari e evoca imagens do Brasil de maneira poética, unindo corpo, som e cor em uma celebração da cultura popular.
O clássico Pas de Deux O Cisne Negro, por Mario Galizzi, retrata o encontro do príncipe Siegfried com Odile, o Cisne Negro, que tenta seduzir o príncipe, alternando entre sensualidade e delicadeza, para romper sua promessa de amor eterno a Odete, o Cisne Branco. Este ato é um dos grandes momentos do clássico O Lago dos Cisnes, representando um marco na história do balé e evidenciando a expressividade e virtuosismo dos bailarinos.
Por fim, Casa Flutuante é a primeira obra de Beatriz Hack para a Companhia, explorando diferentes conceitos de lar e suas impermanências. Com uma trilha sonora eclética, os bailarinos movem-se entre coreografias propostas pela autora e gestos inspirados em suas experiências pessoais, refletindo sobre o fluxo da vida contemporânea e o anseio de pertencimento.
Serviço
SPCD NA FÁBRICA DE CULTURA CIDADE TIRADENTES
Data e hora: 5 de novembro, às 14h30
Endereço: Rua Henriqueta Noguez Brieba, 281 – Conj. Hab. Fazenda do Carmo
Ingressos: Gratuitos – retirados 1h antes da sessão, na bilheteira do teatro
SPCD NA FÁBRICA DE CULTURA VILA CURUÇÁ
Data e hora: 12 de novembro, às 14h30
Endereço: R. Pedra Dourada, 65 – Jardim Robru
Ingressos: Gratuitos – retirados 1h antes da sessão, na bilheteira do teatro
SPCD NA FÁBRICA DE CULTURA SAPOPEMBA
Data e hora: 19 de novembro, às 14h30
Endereço: R. Augustin Luberti, 300 – Fazenda da Juta
Ingressos: Gratuitos – retirados 1h antes da sessão, na bilheteira do teatro
SPCD NA FÁBRICA DE CULTURA PARQUE BELÉM
Data e hora: 26 de novembro, às 14h30
Endereço: Av. Celso Garcia, 2231 – Belenzinho
Ingressos: Gratuitos – retirados 1h antes da sessão, na bilheteira do teatro
FICHA TÉCNICA
Aparições (2020)
Coreografia: Ana Catarina Vieira
Músicas: Suíte Sinfônica nº 2 Pernambucana (1955) e Ponteado (1955), de César GuerrA Peixe (1914-1993)
Figurinos e adereços: Marco Lima
Cenografia: Marco Lima, com imagens de quatro desenhos de Cândido Portinari (1903-1962): Pipas (1942); Ilha de Paquetá, Circo e Desfile de Carnaval (1941), utilizados nas ilustrações do livro Maria Rosa (1942) de Vera Kelsey (os direitos de reprodução foram gentilmente cedidos por João Cândido Portinari)
Assistente de cenografia e figurino: Cesar Bento
Dramaturgia: Vivien Buckup
Execução de figurinos: Judith Lima (macacões), FCR Produções Artísticas (demais figurinos e adereços)
Iluminação: Wagner Freire
Pas de Deux O Cisne Negro (2014)
Coreografia: Mario Galizzi, baseado no original de 1895 de Marius Petipa (1818-1910)
Música: Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893)
Iluminação: Guilherme Paterno
Figurino: Tânia Agra
Casa Flutuante (2024)
Coreografia: Beatriz Hack
Músicas: Boi nº1, Foli Griô Orquestra com Cacau Amaral; Nordavindens Klagesang, de Vàli; Giardini Di Boboli, de Manos Milonakis feat. Jacob David e Grégoire Blanc; Encruzilhada, de Tulio; e Marie, de Cristobal Tapia De Veer – mixagem por Renan Lemos.
Figurinos: Balletto
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