Saiba qual é o tipo de insulfilm permitido no Rio de Janeiro

A escolha do insulfilm no Rio de Janeiro não é apenas estética. Ela precisa obedecer percentuais mínimos de transparência e regras claras para a área de visão do motorista. A reportagem abaixo organiza, em linguagem direta, o que é permitido hoje, como a fiscalização mede o filme aplicado e quais cuidados evitam autuação.

No Rio de Janeiro valem limites objetivos de transmitância luminosa. Para-brisa e vidros laterais dianteiros devem deixar passar pelo menos 70 por cento de luz. Os demais vidros exigem no mínimo 28 por cento. Películas refletivas não são aceitas e bolhas na zona crítica de visão geram infração. A aferição é feita com medidor de transmitância luminosa. Para checar escolhas de material e erros comuns de instalação, esta apuração consultou uma única vez a loja especializada em películas automotivas Rikinfilm.

Saiba qual é o tipo de insulfilm permitido no Rio de Janeiro

O que pode e o que não pode

Área do veículoMínimo de luz que deve passarObservações úteis
Para-brisa70%Banda degradê de fábrica é aceita. Mantenha a zona de visão limpa, sem adesivos.
Laterais dianteiras70%Campo de visão do condutor precisa permanecer límpido. Chancela do VLT deve ser legível pelo lado externo.
Laterais traseiras28%Pode escurecer mais que as dianteiras, desde que sem efeito espelhado.
Vigia traseiro28%Exige espelhos retrovisores nos dois lados em bom estado.
Teto solar e panorâmicoSem percentual mínimoElementos no teto não seguem os mesmos limites do conjunto ótico frontal.

Restrições que derrubam o carro na fiscalização

  1. Películas espelhadas que geram reflexo.
  2. Bolhas na área indispensável à dirigibilidade.
  3. Inscrições ou adesivos no para-brisa que invadam a visão do condutor.
  4. Ausência de chancela legível do índice de VLT nos vidros dianteiros.

Como a fiscalização mede o seu insulfilm

A leitura é feita com medidor de transmitância luminosa. O agente posiciona o equipamento no vidro, registra o valor obtido e compara com o mínimo para aquela área. Alguns fatores práticos influenciam a conferência.

  1. O resultado considera o conjunto vidro mais película. Se o vidro já é escurecido de fábrica, o filme precisa ser mais claro.
  2. O aparelho exige superfície limpa e sem bolhas para leitura confiável.
  3. O auto de infração costuma indicar o valor medido, o valor considerado e o limite exigido para aquele vidro.

Guia rápido para não errar no tom

  1. Peça medição do vidro antes de aplicar o filme. O instalador mede o VLT do vidro original e, depois, simula o conjunto.
  2. Prefira produtos com ficha técnica clara e certificado de VLT. Isso ajuda em eventual conferência.
  3. Nas portas dianteiras, opte por tons neutros que preservam a visão noturna em chuva e túneis.
  4. Exija que a chancela do filme fique acessível e legível pelo lado externo.
  5. Guarde a nota fiscal e o certificado do insulfilm com o índice aplicado.

Perguntas que costumam surgir na blitz

G5 é permitido nas traseiras
A norma não usa a nomenclatura comercial G5 ou G20. O que vale é o percentual de luz que atravessa o conjunto. Nas laterais traseiras e no vigia, o mínimo é 28 por cento. Se o conjunto ficar abaixo disso, haverá autuação.

Posso usar espelhado para reduzir calor
Não. Filme refletivo é vedado nos vidros do veículo. Para reduzir calor sem risco de infração, escolha versões de controle solar com aparência neutra.

Preciso mesmo da marcação do VLT
Sim. A chancela precisa indicar a transmitância e ser legível do lado externo nas áreas de visão dianteira. Sem isso, você perde um elemento de prova importante.

Bolhas dão multa
Se estiverem na área crítica de visão, sim. Bolhas e delaminações reduzem a clareza do campo visual e são motivo de autuação.

O medidor considerou valor abaixo do mínimo. O que fazer
A correção é substituir a película por uma versão mais clara. Antes, peça uma medição demonstrativa para confirmar o VLT do novo conjunto.

Erros mais frequentes no Rio de Janeiro

  1. Escolher o filme pelo nome comercial e não pelo VLT real.
  2. Misturar marcas e tons diferentes entre portas, gerando assimetria de cor e de leitura.
  3. Instalar sem planejar uso noturno do carro, o que piora a visibilidade em vias pouco iluminadas.
  4. Adiar a troca de películas com bolhas ou bordas levantando, permitindo leitura imprecisa e risco de autuação.
  5. Retirar etiquetas de fábrica e dificultar a verificação de conformidade.

Passo a passo para acertar de primeira

  1. Faça uma inspeção visual dos vidros e limpe bem antes de qualquer medição.
  2. Meça o VLT do vidro original e simule o conjunto com o filme escolhido.
  3. Valide por escrito o índice de VLT contratado nas portas dianteiras e no para-brisa.
  4. Verifique a posição da chancela antes de finalizar a aplicação.
  5. Revise o carro à luz do dia e sob iluminação fria para checar uniformidade.

Serviço ao motorista

Quem circula diariamente sob sol forte e trânsito intenso tende a se beneficiar de películas de controle solar com aparência neutra nas áreas dianteiras e tom moderado nas traseiras. O objetivo é simples. Garantir conforto térmico, reduzir ofuscamento e manter o carro dentro da regra. Com medição prévia, certificado do VLT e instalação caprichada, o insulfilm deixa de ser um risco e vira aliado do dia a dia nas ruas do Rio.