O Gaeco ( Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado) deflagrou na manhã de ontem uma operação em Taubaté que culminou na prisão de 14 pessoas, entre eles um policial civil de Ubatuba. A operação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro na região.
Ela teve inicio após a prisão de um dos sócios da casa noturna Hangar (localizada na avenida Itália, em Taubaté) no ano passado — ele é acusado de comandar um grupo de traficantes com forte atuação em Taubaté.
Ainda segundo as investigações, o grupo criminoso tinha ligações com fornecedores de drogas em Aparecida, Ubatuba e São Paulo. Além do policial civil, um policial militar de Taubaté, preso no início do ano , também foi identificado como fornecedor de drogas.
Taubaté / As prisões foram efetuadas por PMs da Força Tática Regional. Em Taubaté, sete pessoas foram presas, entre elas, André Luiz Querido, o aposentado Enézio Germano de Souza Filho, de 52 anos, uma jovem de 22 anos e um jovem de 19 anos.
De acordo com apurações da Gazeta de Taubaté, o casal seria responsável pela movimentação do tráfico no Cecap 3. Com eles, foram apreendidas uma arma calibre 38 e drogas. As advogadas e familiares não quiseram se pronunciar.
“O Euzébio foi preso com uma arma (pistola 380) que havia comprado para se defender pois estava recebendo ameaças. Ele não sabe o motivo, mas tem um filho que está no CDP por tráfico”, disse o advogado do aposentado, Alexandre Toledo.
A investigação contou com interceptação telefônica, autorizada judicialmente. Ainda foram apreendidos 6,5 quilos de maconha, 1,8 quilo de cocaína, 5,87 quilos de crack e 8 comprimidos de ‘ecstasy’, duas armas e R$ 27 mil em dinheiro.
A investigação contou com o apoio da PM e os delegados da Dise (Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes) e DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Taubaté, e pela Corregedoria da Polícia Civil.
Criminosos vendiam cocaína de ‘luxo’
De acordo com o Ministério Público, o grupo criminoso se destacava no comércio ilícito de drogas pela venda da cocaína com elevado grau de pureza, apelidada pelos integrantes e consumidores como ‘nine’ ou ‘nn’. Ao longo da investigação também foi constatado que o Hangar era utilizado como ponto de venda de drogas aos frequentadores, bem como para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. O empresário Ricardo de Paiva Chaves, de 42 anos foi preso na Vila Olímpia em 2013 com arma, dinheiro, cheques, ecstasy e três quilos de droga.