Primeiro emprego aumenta 28% no Vale de janeiro a julho de 2018
31 de agosto de 2018
Em sete meses deste ano, a admissão para o primeiro emprego subiu 28%, com 13.318 contratações contra 10.407, no ano passado; mais jovens no comércio e em serviços e baixos salários explicam esse crescimento na RMVale
Xandu Alves / Gazeta de Taubaté
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Depois de terminar 2017 com queda de 2,12%, a contratação de jovens para o primeiro emprego voltou a crescer com força no Vale do Paraíba.
Em sete meses deste ano, a admissão para o primeiro emprego subiu 28% na região, com 13.318 contratações contra 10.407, em igual período do ano passado.
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.
Nesse mesmo intervalo de tempo, o reemprego (pessoas demitidas que conseguiram uma nova ocupação) aumentou 6%, com 90.538 trabalhadores contra 85.337, de janeiro a julho de 2017.
O percentual de aumento do primeiro emprego também é superior ao do total de admissões, que cresceu 7,11% na RMVale neste ano, com 108.625 contratações ante 101.410, no mesmo período do ano passado.
O resultado fez com que o saldo de postos de trabalho no Vale do Paraíba ficasse positivo em 1.053 novas vagas nos sete meses de 2018. No ano passado, em igual período, o saldo foi de -3.535.
DEMISSÕES/ De janeiro a julho deste ano, as demissões a pedido do próprio trabalhador aumentaram 15,92%, passando de 22.431 no ano passado para 26.001, neste ano. O corte de temporários cresceu mais, com 17,63%, de 1.804 para 2.122. Já as demissões por pedido de aposentadoria subiram de 53 para 67 (26,42%).
Mão de obra farta e com baixos salários explica mais jovens hoje no mercado
Para o economista Edson Trajano, do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), os principais contratantes na região são os setores de serviços e comércios, notadamente com mais admissão de jovens. Outro motivo é que a crise aumentou a oferta de jovens com boa qualificação, que acabam sendo contratados com salários mais baixos.