Prefeitura vai reformar casas do Mourisco e Hércules Masson
29 de julho de 2015
Enquanto isso, moradores de conjuntos já reformados, como Água Quente, reclamam de falhas no serviço
Julio Codazzi/ Taubaté
julio.codazzi@gazetadetaubate.com.br
Foto: Rachadura em casa reformada pela prefeitura no bairro Água Quente (Arquivo pessoal)
Teve início nesse fim de mês a reforma de 347 casas dos conjuntos habitacionais construídos pela Prefeitura nos bairros Jardim Mourisco e Hércules Masson, em Taubaté.
O serviço, que deverá ser concluído em 240 dias, vai ser executado pela empresa EMC Engenharia de Manutenção e Construções, que venceu as duas licitações.
Para reformar 145 casas no Mourisco a empresa irá receber R$ 618 mil. Pelo trabalho em 202 imóveis no Hércules Masson, será R$ 1,34 milhão — o total será R$ 1,96 milhão.
COMPROMISSO/ A reforma de 8.000 casas construídas durante os governos do ex-prefeito José Bernardo Ortiz (PSDB) é uma promessa feita na campanha de 2012 pelo filho dele, o prefeito Ortiz Junior (PSDB).
Até agora, no entanto, somados os imóveis do Mourisco e do Hérculos Masson, o número de casas já reformadas ou ainda em execução é de apenas 1.555 — 19,4% do total, embora o mandato do tucano termine em dezembro de 2016.
Até agora, foram reformadas 828 unidades nos bairros Cecap 1, Cecap 2 e Cecap 3.
Além do Mourisco e Hérculos Masson, passam por reforma atualmente casas dos conjuntos Água Quente 1, Água Quente 2 e Esplanada Santa Terezinha — juntos, totalizam 380 moradias.
Segundo a prefeitura, o próximo da lista são os conjuntos São Gonçalo 1 e São Gonçalo 2, com mais 321 casas.
RECLAMAÇÃO/ Em conjuntos em que a reforma já foi feita, a qualidade do serviço não é unanimidade.
Em 2014, por exemplo, a prefeitura contratou a empresa Amabile F. Marcondes Construções para executar melhorias em 546 casas na Água Quente.
Ainda no ano passado, a Câmara chegou a pressionar o governo tucano após reclamações de que os próprios moradores precisavam dar material de construção para a empresa, e de que a Amabile teria recebido por serviços não prestados.
Segundo Joice Tainara, 20 anos, moradora do bairro, diversos problemas surgiram em sua casa depois que a reforma foi feita.
“Abriu um buraco no chão, tem rachadura, infiltração, as paredes mofaram. Como a casa é geminada, afeta o vizinho também. Minha sobrinha, de cinco anos, passa mal com esse mau cheiro”, disse.
“Não dá para ficar nessa situação. Desde o ano passado eu peço ajuda para a prefeitura, mas até agora ninguém veio ver como ficou minha casa”, completou.
Em nota, o governo tucano alegou que “as casas ainda estão passando por reforma, portanto, problemas pontuais deverão ser comunicados ao Departamento de Habitação para que possam ser sanados”.