Prefeitura enxuga contrato e EcoTaubaté faz demissão em massa de funcionários
11 de junho de 2020
O consórcio EcoTaubaté, responsável pela limpeza urbana no município, fez uma demissão em massa de funcionários nessa quarta-feira (10).
Segundo os trabalhadores, teriam sido pelo menos 50 desligamentos. A empresa reconheceu que houve o corte, mas não confirmou o número, sob a alegação de que ainda não havia notificado todos os funcionários que serão dispensados.
De acordo com o consórcio, as demissões foram feitas após pedido da prefeitura para reduzir as despesas com o contrato, que giram em torno de R$ 6,1 milhões por mês – o pedido teria relação com a “crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19”.
“Foi solicitada a redução pontual de serviços prestados pela EcoTaubaté até que se restabeleça a capacidade financeira do município de Taubaté e, consequentemente, a recontratação dos funcionários por ora dispensados, seguindo todas as regras da legislação trabalhista vigente”, informou o consórcio, em nota.
A EcoTaubaté informou ainda que “a referida redução não afetará os trabalhos essenciais de limpeza do município, importante instrumento de saúde pública, especialmente em tempos de pandemia”.
SILÊNCIO.
O governo Ortiz Junior (PSDB) foi questionado pela reportagem, mas não comentou as demissões. A gestão tucana também não informou quais dos serviços prestados pela EcoTaubaté serão mantidos e quais serão suspensos.
O consórcio é responsável por toda a limpeza urbana do município, o que inclui, entre outras coisas, coleta, transbordo e destinação do lixo domiciliar, coleta seletiva, varrição, poda de árvores e capina.
Quando o contrato foi firmado, em 2016, a previsão era de que ele custaria R$ 2,087 bilhões ao município durante 30 anos, o que representaria uma média de R$ 5,827 milhões mensais. Após diversos reajustes, o custo mensal está em R$ 6,1 milhões.