Prefeitura assina contrato com SPDM, que irá atuar no ‘HU municipal’
12 de março de 2019
Em 24 meses, a entidade irá receber R$ 156,947 milhões, o que representa R$ 78,47 milhões por ano
Redação / Gazeta de Taubaté
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A Prefeitura de Taubaté assinou na última sexta-feira o contrato com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), entidade que passará a atuar no Hospital Universitário.
Em 24 meses, a entidade irá receber R$ 156,947 milhões, o que representa R$ 78,47 milhões por ano.
Iniciado no fim de fevereiro, o processo de transição da administração do HU deve ser concluído até o fim de abril.
O grupo de trabalho que atua nesse processo tem representantes da Secretaria de Saúde do Estado, do Grupo São Camilo (que atua hoje no HU, por meio de contrato com o governo estadual), da prefeitura e da SPDM.
VAIVÉM/ A retomada da gestão do HU sacramenta o vaivém no posicionamento do prefeito Ortiz Junior (PSDB) sobre o tema. Na eleição de 2012, o tucano foi o único dos candidatos a defender a transferência do hospital, à época administrado pelo município, para o Estado.
O governo estadual assumiu a unidade em março de 2013, já durante o governo Ortiz. Poucos meses depois, no entanto, o tucano passou a criticar o Estado, alegando que o número de vagas no HU destinadas a pacientes taubateanos havia diminuído.
Na eleição de 2016, Ortiz afirmou que pretendia voltar a administrar o HU, mas de forma compartilhada com o governo estadual. Apenas no fim de 2017 o tucano passou a defender a transferência total da gestão do hospital para o município.
PRÓS E CONTRAS/ Ortiz defende que, com a medida, o número de vagas hospitalares para pacientes de Taubaté irá aumentar. O HU conta com 60 leitos de clínica médica e deverá inaugurar um novo espaço, com mais 50 vagas, sendo 30 leitos de clínica médica, 10 de clínica cirúrgica e 10 de UTI.
Já os críticos afirmam que o hospital continuará a receber pacientes de outras cidades, pois é referência regional em diversas especialidades, e que a medida servirá apenas para aumentar os custos do município, que terá que repassar R$ 156,9 milhões à SPDM apenas nos dois primeiros anos do contrato.
Dos R$ 6,5 milhões que serão necessários por mês para o custeio, pelo menos R$ 2 milhões sairão dos cofres do município – o restante viria de repasses do Estado e da União.