Prefeitura adia licitação que definirá gestora do ‘HU municipal’
27 de setembro de 2018
Prazo para entrega das propostas terminaria nessa quinta-feira, mas Ortiz Junior adiou o chamamento por tempo indeterminado, após pedido da Secretaria de Saúde
Redação / Gazeta de Taubaté
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O governo Ortiz Junior (PSDB) adiou por tempo indeterminado o chamamento público que definirá a entidade que irá gerenciar o Hospital Universitário assim que a unidade tiver a administração retomada pelo município.
O prazo para entrega das propostas terminaria nessa quinta-feira. Mas, ainda na terça-feira, o prefeito determinou a suspensão do certame.
Em despacho, o tucano afirmou que a medida foi solicitada pela Secretaria de Saúde.
Questionado nessa quinta-feira, o governo Ortiz não explicou o motivo do adiamento, não informou uma previsão de retomada da licitação e não comentou se esse revés irá alterar a data de assunção do hospital, o que ocorreria em dezembro.
DISPUTA/ O processo licitatório é limitado às 15 entidades que conseguiram se qualificar como OS (Organização Social) em outros dois chamamentos realizados em 2017 e 2018.
Segundo o edital, para definir a vencedora será considerado peso de 70% para o plano de trabalho e de 30% para a proposta financeira.
O edital prevê um gasto máximo de R$ 6,58 milhões por mês, a partir de janeiro de 2019. Isso representa uma despesa de até R$ 79 milhões por ano.
O contrato será de 24 meses, com possibilidade de prorrogação por até 60 meses.
Assim que a entidade for contratada, haverá um período de transição de pelo menos 30 dias, no qual o governo estadual repassará a administração da entidade para o município. Nesse intervalo, a nova entidade e o grupo São Camilo, que gerencia hoje o HU, irão atuar juntos.
MUNICIPALIZAÇÃO/ A municipalização deverá encerrar um período de cinco anos do HU sob a gestão do estado.
Inicialmente, a retomada da gestão do hospital foi prometida para março desse ano. Depois, a previsão passou para maio, para agosto e depois para dezembro.
O custeio mensal do HU será dividido entre município, governo estadual e governo federal.
O hospital conta hoje com 60 leitos de clínica médica. A prefeitura pretende implantar mais 50 na área do antigo Hemonúcleo, sendo 30 leitos de clínica médica, 10 de clínica cirúrgica e 10 de UTI.
Por ano, a unidade deve ter capacidade para 12.816 internações, 4.800 cirurgias ambulatoriais, 78 mil atendimentos de urgência, 64,8 mil atendimentos ambulatoriais e 28,56 mil atendimentos com especialidades não médicas (enfermeiro, fonoaudiólogo, psicólogo, nutricionista e fisioterapia).