Operação da DIG ocorreu depois de uma denúncia anônima e teve como alvo uma loja de artigos religiosos na rua Juca Esteves; proprietário foi preso
Redação / Gazeta de Taubaté
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Após uma denúncia anônima, a Polícia Civil encontrou e apreendeu 50 mil artefatos explosivos — entre fogos de artifício e bombas de solo — armazenados de forma ilegal em um ponto comercial na área central de Taubaté.
O caso ocorreu na segunda-feira à tarde e foi divulgado nesta quarta-feira.
De acordo com a polícia, havia risco de explosão devido ao armazenamento inadequado dos fogos, localizados e apreendidos por uma equipe da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), por volta das 16h. O material estava exposto em um ponto comercial que vende artigos religiosos na rua Juca Esteves.
C.M.N., 74 anos, proprietário do estabelecimento, não tinha autorização para a venda dos explosivos, que estavam guardados de forma incorreta, oferecendo risco de explosão, que com o volume de artefatos poderia ter grandes dimensões.
Já na delegacia, o dono do comércio teria alegado que havia adquirido todos os artefatos explosivos para serem revendidos nos festejos de réveillon e buscava satisfazer os pedidos da clientela, que aumenta nessa época de passagem de ano.
O dono do comercio foi levado para a delegacia e permanece preso por posse ilegal de arma de uso restrito, de acordo com o delegado Carlos Prado Pinto. Entre os tipos e marcas de explosivos apreendidos, estavam as bombas de solo e fogos de artifícios.
COMERCIALIZAÇÃO/ Para vender artefatos explosivos, o Corpo de Bombeiros aconselha que esses materiais sejam guardados em depósitos e que não encostem nas paredes, para não serem acionados com o calor do sol, além de necessitar da AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) e licença de DFPC/EB (Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército Brasileiro).
Corpo de Bombeiros dá dicas de segurança
Com a proximidade do fim do ano, a procura por fogos de artifício aumenta e os cuidados devem ser redobrados.
Para que o item que pode tornar a festa mais feliz não se transforme em problema na hora da virada, alguns cuidados devem ser tomados desde o momento da compra.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, é competência do Exército fiscalizar a fabricação, o manuseio e armazenamento dos fogos de artifício, que são considerados produtos controlados pelo Decreto 3.665/2000.
Às secretarias de Segurança Pública dos estados cabe auxiliar no controle do comércio dos artefatos.
Segundo a corporação, o Exército também regulamenta a concessão da habilitação dos blaster pirotécnicos, ou seja, os operadores responsáveis pelo planejamento, supervisão e execução do espetáculo pirotécnico.
Conforme a corporação, quem compra os fogos deve ler com cuidado as instruções contidas nas embalagens.