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Perseguidos pela ditadura no Vale veem crueldade e desinformação em fala de Bolsonaro: ‘é má-fé’

31 de julho de 2019


Perseguidos pela ditadura militar no Vale do Paraíba criticaram as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que questionou a veracidade de documentos sobre mortos durante o regime, que durou de 1964 a 1985.

Bolsonaro disse que documentos oficiais sobre mortos na ditadura são “balela”. Ele também questionou a Comissão da Verdade, que apurou crimes cometidos no período: “Você acredita em Comissão da Verdade? Foram sete pessoas indicadas pela Dilma [Rousseff]”, afirmou.

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Preso e torturado no regime militar, o jornalista Luiz Paulo Costa, ex-vereador em São José dos Campos, lamentou profundamente as declarações feitas por Bolsonaro, principalmente a respeito do pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.

Bolsonaro declarou que “um dia” contaria como o pai dele, Fernando, havia sido morto. Em 24 de julho, o atestado de óbito de Fernando foi incluído no sistema da Comissão de Mortos e Desaparecidos, dizendo que ele foi morto pelo Estado brasileiro, durante a ditadura.

“É de uma crueldade sem tamanho com quem passa por essa dor. Lamento profundamente que um presidente faça uma declaração como essa”, disse Costa.

O jornalista citou o livro “Memórias de uma Guerra Suja”, na qual Cláudio Guerra, ex-delegado do DOPS (Departamento de Operações Políticas e Sociais), confessou ter incinerado o corpo de Fernando Santa Cruz e outros nove presos políticos no forno de um engenho de açúcar em Campos, no Rio de Janeiro.

“Porque Bolsonaro não contestou quando estava na ativa? Porque não disse nada naquela época? Ele está usando isso de má-fé, para pisar nas pessoas”, afirmou Costa.

Pintor de placas de São José morreu após ser preso nos anos de chumbo

Diversas pessoas foram perseguidas pela ditadura militar no Vale do Paraíba, como políticos, sindicalistas, professores, trabalhadores e militantes em movimentos sociais. O jornalista Luiz Paulo Costa lembra o caso de Adegildo Gilciliano de Paula, pintor de placas e letreiros de São José que foi preso, juntamente com Costa, em 1975. “Ele foi barbaramente torturado, como eu, e saiu vivo de lá, mas morreu logo em seguida. Já não tinha um pulmão e sofreu muito”. O economista Paulo de Tarso Venceslau, de Taubaté, foi preso em 1969 e torturado por dias na capital..

‘Palavras do presidente podem incentivara violência’, afirma secretário do PCdoB

O ex-vereador João Bosco da Silva, secretário de formação do comitê do PCdoB de São José, foi perseguido durante a ditadura por sua militância política e no movimento negro. Ele criticou a declaração de Bolsonaro: “Trata-se de um homem desqualificado para o cargo e que tem posições políticas de extrema direita”. Para ele, as palavras podem servir como incentivo à violência “contra negros, mulheres e indígenas, que é estimulada pelas declarações infelizes do presidente”. Luiz Paulo Costa, preso e torturado na ditadura, disse que várias pessoas do Vale sofreram com o regime e que a anistia “geral e irrestrita” de 1979 não permitiu o acerto de contas com o passado. “Tinha que apurar os crimes cometidos pelo Estado”.

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