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Paulo Ernesto – A Casa das Laranjas

31 de março de 2015


O Brasil declarou guerra à Alemanha em 1942 e assim entramos na Segunda Guerra Mundial. Um dos centros de instrução da FEB (Força Expedicionária Brasileira) era em Caçapava no Regimento Ipiranga. Não havendo mais disponibilidade de espaço o Exército arranjou acomodações para aproximadamente 500 pracinhas aqui em Taubaté num antigo depósito de laranjas situado às margens da antiga Rio São Paulo que cortava a cidade de Taubaté.

O local passou a ser conhecido por Casa das Laranjas. Este é o nome de um livro escrito por José Márcio Celestino Faria, paulistano radicado em Bragança Paulista, minha cidade natal, que conta a história de pracinhas bragantinos da FEB que ficaram acantonados em Taubaté entre1943-1944 até seguirem para a Itália.

A localização exata das Casa da Laranjas é na esquina da atual avenida 9 de julho com a Barão da Pedra Negra local onde foi o J. Pires um enorme armazém/entreposto de secos e molhados e hoje é uma revendedora de veículos. Entre 1960 e 1976 residi em frente a este armazém dirigido pelos senhores Carlos de Matos Sabino e Armando Lopes das Neves, simpaticíssimo e atencioso com o qual mantenho amizade até hoje.

Diversas pessoas me contaram ter recordação desta Casa das Laranjas. O ‘Zé do Pó de Café’ e o Agenor ‘Noia’ foram alguns deles. Relataram até a lembrança de uma certa mulher que adorava passear com os recrutas sempre a bordo de um jipe. Ficou famosa como a ‘Maria Jipeira’.

O livro conta, sem qualquer sarcasmo, os diversos incidentes acontecidos pela falta de logística de nosso Exército. Não havia previsão real da data de embarque e qualquer alteração na rotina e lá vinham as suposições, ‘é agora, agora vai!’. Foram tantos alarmes falsos que passaram a ter esperança de não embarcarem. Acabaram por ir. No navio, a travessia do Atlântico foi uma calamidade. Os soldados sem remédios, enjoaram até adoecer e chegaram em trapos ao campo de batalha.

Os uniformes encolhiam em contato com a neve e não aqueciam. Não havia armas suficientes para todos e o treinamento de luta corpo a corpo era feito com espadas de brinquedo o que levou a população local a confundir com espetáculos circenses. Faltou até comida.

O comandante do batalhão dos bragantinos era um capitão taubateano que carinhosamente denominou seu jipe de Taubaté, sempre dirigido pelo bragantino Moura. Foram três jipes devido às perdas nas batalhas, todos eles denominados Taubaté (veja foto). Muitas outras histórias, muitos sofrimentos e uma grande e heroica vitória.

Muita honra e imenso orgulho para nós todos. Obrigado patrícios taubateanos e bragantinos!

Paulo Ernesto Marques, de 61 anos, é cidadão honorário de Taubaté, engenheiro civil, mestre em Ciências Ambientais e membro do Movimento Preserva Taubaté

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