Parque Tecnológico: cinco empresas oficializaram interesse em atuar no espaço
14 de março de 2019
Informação foi passada pelo governo Ortiz à Câmara, em resposta a um requerimento; não há nenhuma previsão, no entanto, de quando o espaço receberá alguma atividade
Redação / Gazeta de Taubaté
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Trinta e três meses após ser inaugurado e ainda sem receber qualquer atividade, o Parque Tecnológico de Taubaté tem o interesse formalizado de cinco empresas.
A informação foi passada pelo governo Ortiz Junior (PSDB) à Câmara, em resposta a um requerimento do vereador Digão (PSDB), aprovado em fevereiro.
Segundo a resposta, assinada pelo secretário de Desenvolvimento e Inovação, Geraldo de Oliveira Neto, as cinco empresas que oficializaram interesse em se instalar no espaço são: WDF Aviation, do ramo de aviação; Texturize, do ramo de materiais de nanotecnologia para a construção civil; TIQ (Tremembé Indústrias Químicas), de nanotecnologia na área têxtil; GTI Gases, de nanotecnologia de gases industriais, comerciais e hospitalares; e Latika, do ramo de biotecnologia e nanotecnologia em cosméticos na área de saúde.
A lista ainda tem duas instituições de ensino: a Fatec (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo) e a Unitau (Universidade de Taubaté).
Não há nenhuma previsão, no entanto, de quando o espaço será regularizado e terá alguma atividade. A gestão tucana aponta falta de recursos financeiros para concluir o projeto e diz que estuda “uma mudança no foco das atividades a serem desenvolvidas no Parque Tecnológicos”, sem fornecer mais detalhes a respeito.
MICO/ O Parque Tecnológico foi prometido inicialmente pelo governo Ortiz para 2013. A unidade seria voltada para áreas como Engenharia Ferroviária, Engenharia Automotiva, Engenharia Aeronáutica (Asa Rotativa), Defesa Pública, Energia Verde, Engenharia Biomédica, Biotecnologia e Aplicações Médicas, Águas e Engenharia Química.
Em dezembro de 2014 foi realizado evento para lançamento do projeto, que custaria R$ 7 milhões. Em junho de 2016, em período pré-eleitoral, o tucano inaugurou o parque.
Nessa primeira fase, o investimento foi de R$ 3,98 milhões. Desse total, apenas R$ 300 mil saíram dos cofres da prefeitura, para serviços como placas de sinalização e de identificação.
O restante foi investido por três empresas, como contrapartida por doações de área.
Desde 2016, quase nada andou. O restante das obras de infraestrutura no local, previstas para as fases dois e três do projeto, não tem sequer projeto executivo elaborado. Sem isso, a prefeitura não sabe, por exemplo, quanto precisará investir no espaço.
Dividida em 472 lotes, a área de 731.000 m² no Distrito Industrial do Una não tem nem estrutura de água e esgoto – consiste apenas em uma área cercada, sem nenhum prédio e já tomada pelo mato.