Nesta segunda-feira (10), o Governo de São Paulo ilumina sua sede na cor azul para destacar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento de duas condições: diabetes e hipertensão pulmonar.
A diabetes tem apresentado um aumento significativo no número de casos em todo o Brasil, levando a complicações que afetam o coração, olhos, rins e nervos. Por outro lado, a hipertensão pulmonar é uma condição rara, mas igualmente preocupante, causando sintomas como falta de ar, tontura, pressão no peito e inchaço nas pernas. Saiba mais sobre ambas as doenças:
Diabetes
Entre as diversas complicações, a retinopatia diabética é especialmente alarmante, pois pode danificar os vasos sanguíneos da retina e resultar em perda de visão, se não tratada a tempo. Segundo o Ministério da Saúde, 90% dos pacientes com diabetes tipo 1 e 60% dos com tipo 2 podem desenvolver algum grau de retinopatia ao longo do tempo, destacando a importância do monitoramento regular.
Essa condição ocorre em decorrência do excesso de glicose no sangue, que danifica os vasos da retina. Isso pode provocar vazamentos, inchaços e, em casos mais graves, o descolamento da retina.
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Segundo a Federação Internacional de Diabetes, a doença afeta uma em cada 11 pessoas globalmente, com o Brasil ocupando a sexta posição em número de casos, totalizando aproximadamente 16,6 milhões de pessoas.
O diagnóstico é realizado por meio de exames que avaliam possíveis danos aos vasos ou o acúmulo de líquido na retina, como a retinografia. O tratamento envolve uma alimentação equilibrada, controle do consumo de açúcar, da pressão arterial e do colesterol, podendo incluir procedimentos como a vitrectomia, que remove excesso de sangue ou tecido cicatricial.
Hipertensão Pulmonar (HP)
Diferentemente da diabetes, a hipertensão pulmonar é uma síndrome clínica e hemodinâmica rara, caracterizada pelo aumento da resistência vascular na circulação pulmonar. O Ministério da Saúde indica que a incidência mundial varia de 2 a 5 casos por milhão de adultos anualmente.
O diagnóstico requer uma avaliação abrangente, incluindo exames clínicos, laboratoriais e radiológicos. Sintomas como elevação na região esquerda do peito, som cardíaco aumentado, veias do pescoço dilatadas e inchaço nas pernas podem ocorrer. Diversas doenças podem estar associadas à hipertensão pulmonar, como esclerodermia, esquistossomose e embolia pulmonar.
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Ao confirmar a presença da hipertensão pulmonar, é crucial investigar causas associadas através de exames de sangue, fezes e sorológicos, incluindo hemograma e testes de função hepática.
O tratamento da hipertensão pulmonar depende da causa e do risco do paciente, e é dividido em três etapas: I – medidas gerais e suporte; II – tratamento medicamentoso específico; e III – intervenções cirúrgicas, como o transplante pulmonar, em casos que não respondem ao tratamento convencional.
As medidas gerais incluem acompanhamento multidisciplinar, exercícios físicos supervisionados, vacinação contra influenza e pneumonia, suporte psicológico e uma dieta com redução de sódio.
O suporte terapêutico pode envolver anticoagulação (avaliada conforme o risco), diuréticos em casos de insuficiência cardíaca, oxigenoterapia em pacientes com saturação ≤90% e tratamento da anemia por deficiência de ferro.
O tratamento específico é determinado com base no teste de vasorreatividade e no risco clínico do paciente, iniciando-se quando a pressão média pulmonar é constatada.
Os pacientes devem ser monitorados em centros especializados a cada 3 a 6 meses, incluindo reavaliações clínicas e, se necessário, novo cateterismo cardíaco. Esse acompanhamento é essencial para a detecção de efeitos adversos, especialmente em tratamentos combinados.

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