Prometidas para março, as obras de construção do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) e do Centro de Reabilitação Lucy Montoro, em Taubaté, ainda não foram iniciadas. No começo de março, a prefeitura afirmou que as obras deveriam iniciar no fim daquele mês, mas, até agora, nada aconteceu.
De acordo com o Poder Executivo, a obra do AME e do Lucy Montoro está em fase final de assinatura do convênio com o Estado.
A previsão de término, depois de encerrada essa fase, é de 12 a 18 meses. Os trabalhos serão feitos pela empresa Alexandre Danelli Engenharia e Construções Ltda., que receberá R$ 10,431 milhões, sendo R$ 6,922 milhões referentes ao AME e R$ 3,508 milhões do Lucy Montoro.
Apesar da obra ser custeada pela prefeitura, as duas unidades serão construídas em um terreno de propriedade do governo do Estado, na avenida Amador Bueno da Veiga. O local, no Jardim Santa Clara, fica nos fundos da Casa de Custódia, perto do Sedes (Sistema Educacional de Desenvolvimento Social). Questionado ontem, o governo não informou se o governo estadual custeará parte da obra ou os equipamentos, ou se a assinatura do convênio é apenas para uso do terreno.
Ambulatório/ Quando inaugurado, o AME deve atender até 11 mil pacientes por mês. O ambulatório terá também um centro de pequenas cirurgias. Já o Centro Lucy Montoro é especializado no atendimento de pessoas com deficiências físicas ou doenças incapacitantes.
O novo prazo para a entrega das unidades está longe do prazo inicial dado pela prefeitura de Taubaté. A construção das unidades foi anunciada em dezembro de 2013, e, na época, foi dito pelo prefeito Ortiz que o Lucy Montoro seria inaugurado em maio de 2014, no antigo prédio do departamento de Fisioterapia da Unitau (Universidade de Taubaté), e que o AME ficaria para agosto do mesmo ano, no centro.
Até agora, no entanto, nada saiu do papel.
Saiba Mais
Essa é a segunda negociação entre Prefeitura e Estado para a vinda do AME. A primeira ocorreu durante a gestão Roberto Peixoto (PEN), e não foi levada adiante devido ao desinteresse do ex-prefeito, que não via a medida como necessária. A retomada das tratativas na atual gestão sofreu resistência do governo estadual, em razão de atritos entre o prefeito e o governador Geraldo Alckmin (PSDB). O impasse só foi resolvido apenas a intermediação de vereadores da bancada do PSDB na Câmara de Taubaté.