• JORNAL OVALE
  • CLASSIFICADOS

Últimas Notícias

  • Após cidades burlarem regras, Procuradoria-Geral de Justiça recomenda que prefeitos sigam regras estaduais contra Covid-19
  • TCE mantém decisão que considerou irregular contrato do AME e do Lucy Montoro
  • Sessão Extra: Vereador envia ofício a Saud para lamentar manutenção de nomes do governo Ortiz
  • RMVale se aproxima de 30 mil casos confirmados e de 400 mortes por Covid em janeiro
  • Justiça aceita denúncia do MP e torna réus um vereador e três ex-parlamentares
  • Geral
    • Política
    • Polícia
    • Cidades
  • Cultura
  • Esportes
  • Opinião
    • Artigos
    • Editorial
  • Promessômetro
  • Vereadores
  • Blogs
  • Farra das Viagens
  • Seguir
    • Facebook
    • Twitter
    • Google+

O MUNDO REAL

26 de junho de 2013


Ele é bem distante da fantasia da propaganda oficial

Caro leitor, qual é a distância entre o mundo real (aquele em que vivemos no dia-a-dia, cheio de ônibus lotados, de preços inflacionados no supermercado, de violência em alta nas ruas e vielas, filas nas unidades de saúde, de injustiças mil ) e o imaginário (habitado por governantes do país, amparado por belas e caras ações de marketing e alimentado pela falta de contato com o povo)? Ao que tudo indica, tendo como base os acontecimentos recentes no país, com centenas de milhares de manifestantes (cada um deles com sua própria pauta de reivindicações), existe uma grande distância entre esses dois mundos. Entre essas duas realidades. Vamos ouvir a voz das ruas. Este tornou-se um mantra entre os governantes, após o início dessa onda de protestos. Foi o que Dilma fez (ou melhor, disse que iria fazer). Foi o que, em Taubaté, fez o prefeito Ortiz Junior (PSDB), o que fez governador Geraldo Alckmin (PSDB)… e fizeram mesmo? Ao que parece, os governantes estão com problemas de audição.

Existe uma distância incalculável entre a realidade que a publicidade oficial mostra e aquela que nós sentimos na pele todos os dias. Michel Wellington Alves Lima, de 21 anos, teve o carro roubado no último sábado, em frente à sua casa, no bairro do Bonfim, em Taubaté. Um dia depois, estava com a mãe e a namorada e avistou o seu Santana vermelho pelas ruas do bairro. Decidiu seguir o veículo, que então parou bruscamente. O bandido atirou contra Lima — o jovem, vítima do crime duas vezes em um só fim de semana, morreu na frente da mãe, com um tiro no peito. O criminoso fugiu. Onde está o reforço na segurança, governador? Onde está a queda na violência? Que explicação o Estado pode dar à família de um jovem que perde a vida desta forma? Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado insistem em demonstrar: o Vale do Paraíba é a região mais violenta do interior de São Paulo, à frente de região mais populosas, como Campinas. E cadê a segurança alardeada pelo governo?!

Em Taubaté, na última quinta-feira, cerca de 20 mil pessoas foram às ruas protestar contra um monte de coisas — a principal reivindicação era a redução do valor da tarifa do transporte público, melhoria no serviço, mas havia também gritos contrários à PEC 37 (que deseja limitar o poder de investigação do Ministério Público), à corrupção, etc. Sob pressão, o prefeito convocou uma reunião na noite de segunda-feira e anunciou a redução no valor da passagem, que vai de R$ 2,80 para R$ 2,70 (graça à isenção de impostos federais), e a intenção de fazer ainda este ano uma nova licitação para o transporte público. E o pacote de melhorias no sistema? É, aquele que o governo anunciou em abril e prometeu entregar em maio. Ah… está congelado e, se sair do papel, vai tornar-se realidade só em dezembro. Que parte da história a prefeitura, caro leitor, não conseguiu entender, não é? Tá certo que a herança maldita de Peixoto atrapalha, mas já são seis meses de governo. E tem que mostrar mais serviço né.

Agora, falando sobre a Dilma, a impressão que temos é que a presidente ainda não conseguiu entender exatamente o que a voz das ruas cobra. Espera-se que as promessas feitas anteontem sejam cumpridas. Mais do que obras e investimentos, que são sim necessários, o brasileiro cobra uma mudança de atitude, de postura. Quer ser ouvido. Respeitado. O povo brasileiro cansou, caro leitor, de velhas máximas como ‘ah, o Brasil é assim mesmo, fazer o quê?’ Ir às ruas. Protestar. Sem violência, com ideias. Qual a distância entre o mundo real do povo e o imaginário dos políticos? Difícil dizer, mas uma coisa é certa: o melhor caminho é ir às ruas e gritar bem, mas bem alto. Quem sabe assim, o governo não ouve a voz das ruas?

Comentários


GALERIA DE FOTOS: Manifestação em Taubaté - 25/06 Edson Trajano - A democracia participativa


Publicidade

Editorial

  • TCE, CÂMARA E VIAGENS

    setembro 14, 2020

  • UMA INVESTIGAÇÃO EXTREMAMENTE NECESSÁRIA

    julho 23, 2020

  • SEM MORADA PARA A TRANSPARÊNCIA

    julho 7, 2020

  • MERECEM NOVA CHANCE?

    março 7, 2020

  • POR MAIS TRANSPARÊNCIA

    março 3, 2020

Copyright 2015 Gazeta de Taubaté
  • Expediente