A Secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, declarou que o novo modelo de gestão hídrica do Governo de São Paulo busca equilibrar a proteção dos mananciais e a qualidade dos serviços de abastecimento à população. Em entrevista ao programa SP em 3, 2, 1, da Agência SP, ela ressaltou que a inovação, apresentada na última sexta-feira (24), promove maior planejamento, transparência e a prevenção na política estadual de recursos hídricos.
“O nosso objetivo é sempre proteger nossos mananciais ao mesmo tempo que garantimos a qualidade dos serviços prestados”, afirmou. Ela explicou que o novo modelo leva em conta de forma integrada os períodos de seca e chuva, além do próximo ciclo de estiagem, permitindo ao governo agir com mais previsibilidade e antecipar as medidas necessárias para a segurança hídrica.
A nova abordagem define sete faixas de acompanhamento que representam diferentes níveis de criticidade. Cada faixa vem com medidas específicas para proteger os reservatórios e assegurar o abastecimento. “Assim, conseguimos escalar medidas de acordo com a situação. Isso é mais uma ação do Estado de São Paulo em prol do planejamento e da prevenção”, explicou Natália.
O modelo também incorpora critérios técnicos para garantir a estabilidade dos sistemas de reservação do Sistema Integrado Metropolitano (SIM), responsável pelo abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo. As faixas variam entre prevenção e contingência controlada, com a aplicação progressiva de ações, como gestão da demanda noturna e redução temporária da pressão na rede. Em casos críticos, o modelo prevê rodízio de abastecimento e envio de caminhões-pipa para serviços essenciais. Entenda mais sobre o sistema aqui.
Natália destacou que o atual cenário hídrico é mais seguro do que o experimentado em 2014 e 2015, quando houve uma grave crise de abastecimento. “Hoje, a situação é muito diferente, pois temos uma resiliência maior em nosso sistema”, disse. Um fator-chave para essa resiliência, segundo a secretária, é a realização de obras estruturantes, como a transposição Jaguari-Atibainha, o Sistema São Lourenço e a ampliação da Estação de Tratamento de Água do Rio Grande, que melhoraram a integração entre os sistemas e a capacidade de resposta em períodos de estiagem.
No início deste ano, o Governo de São Paulo ampliou em 400 litros por segundo a capacidade da Estação do Rio Grande e, até o próximo ano, deve adicionar mais 500 litros por segundo. “Até o final do próximo ano, teremos um incremento de 5.700 litros por segundo no sistema devido aos investimentos feitos com o novo contrato da Sabesp”, enfatizou a secretária.
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Além das iniciativas no sistema metropolitano, o Estado tem investido em obras para reforçar a segurança hídrica em outras regiões. Natália mencionou intervenções de desassoreamento em mais de 150 cursos d’água e as construções das barragens de Amparo e Pedreira, que beneficiarão mais de 5,5 milhões de pessoas na região de Campinas. “Desde 2023, estabelecemos uma estratégia climática com governança robusta e ações de curto, médio e longo prazo, sempre com foco em planejamento e transparência”, afirmou.
De acordo com a secretária, os investimentos superaram R$ 650 milhões desde o ano passado, por meio do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro). Essas medidas, destacou ela, reafirmam o compromisso do Governo de São Paulo com a sustentabilidade e a segurança hídrica. “Estamos desenvolvendo um planejamento bem estruturado, envolvendo todos os participantes de forma participativa e transparente para proteger nossos recursos e cuidar da população.”

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