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Menos, Dilma.

3 de maio de 2013


Presidente vai à TV, mas só fala como candidata

A presidente Dilma Rousseff (PT) aproveitou o Dia do Trabalho para fazer pronunciamento em rede nacional de rádio e TV enaltecendo a política adotada para geração de renda e geração de empregos de seu governo.

No melhor estilo “nunca antes neste país”, inaugurado por seu antecessor e guru político, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma afirmou que o Brasil vive seu melhor momento em termos de nível de emprego e que a geração de vagas formais suplantou os programas de transferência de renda como fator de redução da desigualdade social no país. A presidente citou medidas como a isenção do Imposto de Renda sobre a participação nos lucros como exemplo do compromisso do governo com os trabalhadores e prometeu empenho na redução dos tributos, mesmo que seja necessário contrariar interesses nunca explicitados. Por fim, acusando o golpe desferido por lideranças da oposição e centrais sindicais (desferido graças a declarações infelizes da própria presidente da República e a uma tibieza do governo no controle de seus próprios gastos), Dilma reafirmou o combate à inflação como prioridade absoluta do Palácio do Planalto. Afinal, ninguém quer ser responsável pela volta do dragão da inflação –desenfreado, sem controle e faminto– ao cotidiano dos brasileiros.

Pela ausência de dados, fatos mais concretos e de definição de metas administrativas, o discurso soou mais como uma peça eleitoral do que uma prestação de contas aos trabalhadores sobre as iniciativas do governo federal. A roupagem de Dilma na TV parecia a mesma da campanha de 2012, inclusive pela calculada distribuição de sorrisos e pelo pronunciamento de frases de efeito. O final com a repetição da expressão “viva” por repetidas vezes parecia mais palanque eleitoral que a fala de um presidente à Nação. O balanço feito pela presidente é carregado de otimismo, mas o governo confessa ter se tornado refém de uma receita que já não surte os mesmos resultados de dez anos atrás. Contrapor a suposta força do “desenvolvimentismo” brasileiro à prolongada crise financeira na Europa induz a outra percepção equivocada, pois compara de modo igual realidades desiguais.
Alguém, em sã consciência, se sente tranquilo com a comparação feita de duas realidades tão postas, como se o Brasil vivesse em um mundo edulcorado e a Europa, à beira do caos?

Por tudo isso, o discurso de Dilma no Dia do Trabalho pode ser interpretado de duas maneiras. Do ponto de vista oficial, tem-se uma presidente empenhada na defesa dos direitos dos trabalhadores e na construção de um país menos desigual. Isso é elogiável. Não se esperaria outra atitude de um mandatário à frente de sua Nação. Nas entrelinhas, no entanto, o que se observa é um governo com urgente necessidade de autoafirmação. Aí a coisa pega. Governos que precisam se autoafirmar são governos perigosos, chegados a lances de populismo puro e sem controle em busca de aprovação popular. Que tipo de aprovação? Bem, 2014 está aí e 2014 é ano de eleição presidencial.
Populismo em ano eleitoral é uma faca de dois gumes: pode levar a reeleição da presidente (aliás, até aqui franca favorita, em parte pela nulidade da oposição), mas pode levar o país a uma situação difícil, com explosão dos gastos públicos, liberação de recursos sem controle, gastança governamental. Não foi mais ou menos assim que Lula alavancou a candidatura de Dilma em 2010? Elegeu Dilma, mas até hoje o país paga as contas da gastança. Pior: quem pagar mais são os trabalhadores, aqueles a quem Dilma se dirigiu ontem.

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