Licitação do viaduto Cidade Jardim é retomada pela prefeitura
23 de novembro de 2018
Lançada em julho, concorrência para definir empresa para obra havia sido suspensa pelo Tribunal de Contas
Redação / Gazeta de Taubaté
redacao@gazetadetaubate.com.br
Após quase três meses, o governo Ortiz Junior (PSDB) retomou a licitação que irá definir a empresa responsável pela construção do novo viaduto do Cidade Jardim.
Lançada em julho, a concorrência havia sido suspensa no fim de agosto, por determinação do TCE (Tribunal de Contas do Estado).
A medida foi tomada após uma empresa apontar supostas irregularidades no edital.
Após receber recomendações do TCE, a prefeitura corrigiu os problemas e relançou o edital. A empresa vencedora deve ser definida em 13 de dezembro.
GARGALO/ Segundo o novo edital, a obra poderá custar até R$ 15,625 milhões e será custeada com recursos do empréstimo do CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina). Anteriormente, o valor máximo era de R$ 16,74 milhões – segundo o governo Ortiz, durante a suspensão foi concluído o projeto executivo da obra, que apontou a redução do valor.
O pacote, que inclui também a construção de novos acessos no km 111 (Rodovia Oswaldo Cruz) e no km 113 (Habib’s) da Via Dutra, tem prazo de conclusão de 15 meses. A previsão é que seja finalizado em 2020.
O viaduto atual tem apenas oito metros de largura e é considerado um dos principais gargalos do trânsito taubateano.
O novo viaduto vai ter 24 metros de largura, divididos em duas pistas com 9 metros cada e 3 metros de passagem de pedestres.
DEMORA/ A duplicação do viaduto foi prometida por Ortiz ainda na campanha de 2012.
Em 2014, o tucano passou a tentar ‘terceirizar’ a obra. Inicialmente ela seria feita pelo shopping Via Vale, em contrapartida a irregularidades no recebimento de uma área pública em Taubaté. Depois, Ortiz passou a dizer que a obra seria feita pela CCR NovaDutra. A concessionária nunca confirmou isso.
Apenas em junho de 2016 o prefeito voltou a assumir a responsabilidade pela obra, pedindo que a CCR cedesse o projeto ao município.
No começo desse ano, houve uma nova mudança. Ortiz desistiu de usar o projeto feito pela concessionária. A alegação foi de que, nessa proposta, seria preciso demolir o atual viaduto para construir o novo, o que deixaria a região por, pelo menos, dez meses sem acesso, prejudicando ainda mais o trânsito.
A prefeitura contratou então a empresa CBEA Engenharia, que recebeu R$ 143 mil para elaborar o novo projeto.
O governo Ortiz alegou que a mudança foi necessária para reduzir o impacto à circulação de veículos pela região, e que a ideia é aproveitar a estrutura do viaduto atual para complementar a sustentação das duas novas pistas. Desta forma não haverá necessidade de interdições.