Indústrias da região de Taubaté cortam 200 empregos em maio
30 de junho de 2016
Na regional de São José foram 10 demissões no mesmo passado, enquanto na de Jacareí saldo foi positivo; para lideranças, recuperação da economia só ocorrerá após desfecho do caso Dilma
Redação / Gazeta de Taubaté
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Foto: Arquivo/Rogério Marques
As indústrias da regional de Taubaté do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), que concentra 28 cidades, lideram o corte de vagas na região em maio, com a perda de 200 empregos formais.
Em São José dos Campos, cuja regional conta com oito municípios, o mês fechou com 10 postos de trabalho a menos no setor industrial.
Em Jacareí, com três cidades, o saldo foi positivo no período: geração de 20 vagas nas indústrias.
Com isso, a região fechou maio com redução de 190 postos de trabalho, resultado melhor do que no mesmo mês do ano passado, quando a região cortou 1.190 empregos.
No acumulado do ano, a RMVale também demonstra uma tendência de queda no desemprego, com 2.250 a menos neste ano, entre janeiro e maio, contra 3.550 postos de trabalho perdidos no mesmo período de 2015.
DEMISSÃO/ Porém, a boa notícia acaba por aí.
No acumulado dos últimos 12 meses, as indústrias da região cortaram 11 mil empregos, contra 7.150 perdidos no mesmo período do ano passado, retroagindo a partir do mês de maio de 2015.
“Maio foi ruim no país todo”, disse José de Arimathéa, gerente administrativo do Ciesp de Taubaté.
Para ele, a recuperação da economia só começará após a definição do afastamento da presidente Dilma Rousseff.
O processo não deve ser julgado no Senado antes de 26 de agosto, segundo o STF (Supremo Tribunal Federal).
Há um pedido para o julgamento não ocorrer durante as Olimpíadas no Rio de Janeiro, que vão terminar somente em 21 de agosto.
“A melhoria do cenário econômico vai depender da definição do afastamento da Dilma”, avaliou Arimathéa.
“Embora achemos que é o que vai ocorrer, ainda não é certo. Em política nunca sabemos se a tendência se concretiza. Ela saindo, o [presidente interino Michel] Temer pode tomar as atitudes mais interessantes e as coisas podem mudar”, disse o gerente do Ciesp.
CONFIANÇA/ O ICI (Índice de Confiança da Indústria) subiu 5,30% em junho, atingindo o nível de 83,4 pontos, segundo relatório divulgado anteontem pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Com tal variação, o ICI atingiu o maior patamar desde fevereiro de 2015.