Os funcionários da Alstom em Taubaté decidiram iniciar uma paralisação nesta segunda-feira (1º). A greve foi aprovada em uma assembleia do Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região) na manhã de sexta-feira (28), após semanas de dificuldades nas negociações sobre o valor do Vale Alimentação (VA) que a empresa pretende implementar.
Segundo Fabiano Uchoas, secretário de Finanças do Sindmetau, já foram realizadas cinco reuniões com a direção da fábrica, além de uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na quinta-feira (27). Apesar da proposta do juiz mediador — que foi aceita pelos metalúrgicos — a Alstom rejeitou o acordo, levando à decisão coletiva de paralisar as atividades.
“Novamente a empresa não atendeu à reivindicação dos trabalhadores em relação ao VA. Diante da posição da Alstom, o juiz fez uma proposta que, embora tenha sido aceita pelos metalúrgicos, não foi concedida pela empresa”, disse Uchoas.
Desde a semana passada, os funcionários estavam em estado de greve. Com o impasse persistente e sem avanços no TRT, a categoria decidiu pela paralisação. O Sindmetau destacou que está aberto ao diálogo e aguarda uma nova posição da empresa para reiniciar as negociações.
Embora haja desacordo sobre o Vale Alimentação, houve progresso nas conversas sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Sindicato e empresa já definiram valores até 2027, o que representa um avanço nas negociações.
A Alstom, presente em Taubaté desde 2015, emprega cerca de 700 trabalhadores e fabrica trens para projetos de mobilidade em várias cidades, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Santiago (Chile), Taipei (Taiwan) e Bucareste (Romênia).

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