Fechamento da Ford amplia crise da indústria no Vale; são 5.500 demissões em três anos
12 de janeiro de 2021
A decisão da Ford de encerrar a produção no Brasil e fechar as fábricas no país, incluindo a de Taubaté, não é um fato isolado e revela a crise que se abate sobre o setor industrial.
As indústrias convivem com o desemprego desde a reforma trabalhista e a situação piorou com a chegada da pandemia do coronavírus.
Um dos setores mais afetados no país foi o automobilístico, com queda acentuada nas vendas. Lideranças do setor falam em até três anos para a recuperação do segmento.
Na RMVale, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, a indústria registra 5.586 empregos perdidos de dezembro de 2017 –um mês após a aprovação da reforma trabalhista– até novembro de 2020, ano marcado pela pandemia. Foi disparado o setor que mais perdeu vagas nesse período, com a administração pública em segundo lugar, com 1.058 empregos fechados.
Em 2020, de janeiro a novembro, a indústria fechou 3.708 postos de trabalho na região, um pouco atrás do que perdeu o setor de serviços (-3.756) e à frente do comércio (-2.399). O saldo da economia do Vale em 2020 é de 9.958 empregos fechados.
Na Ford, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a planta é de 830 funcionários.