Após o Ministério Público decidir arquivar os processos da ‘Farra das Viagens’ nas esferas criminal e cível, os vereadores envolvidos passaram a sustentar — de uma maneira fantasiosa — que haviam sido absolvidos por não terem cometido nenhuma irregularidade. Então não haveria o que esconder, certo?
Será?
Fato é que a Câmara de Taubaté apresentou um novo recurso contra uma decisão judicial que obrigou o Poder Legislativo, veja só, a disponibilizar ao jornal relatórios de viagens oficiais realizadas na legislatura passada, entre os anos de 2013 e 2016.
Esses dados já não deveriam ser públicos? Em 2018, OVALE publicou uma série de reportagens após obter, via Judiciário, o acesso a notas fiscais de viagens de 2017 e 2018. Na ocasião, a Casa Legislativa também tentou esconder as informações debaixo do tapete.
O caso, que ficou conhecido como ‘Farra das Viagens’, mostrou o envolvimento de 14 vereadores. E que, ao contrário do que alegam, cometeram irregularidades, não foram absolvidos.
Os processos só foram arquivados porque os parlamentares devolveram o dinheiro recebido indevidamente nas viagens.
Fica evidente que a Câmara só quer evitar que as notas da legislatura anterior venham a público. Por quê?
O Legislativo insiste em tentar negar ao cidadão informações que, por lei, deveriam ser de livre acesso. O que esconde?.