Estudantes de SP remetem carta conjunta à COP30 durante a Conferência Infantojuvenil sobre Meio Ambiente.

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A Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA) em Brasília contou com a participação de 22 alunos da rede pública de ensino de São Paulo. Durante o evento, que ocorreu em Brasília e Luziânia, Goiás, os estudantes redigiram uma carta coletiva que será entregue a líderes que participarão da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025, marcada para novembro em Belém.

A experiência na CNIJMA foi enriquecedora, com os alunos trocando conhecimentos e se inspirando em delegados de todo o Brasil. Eles puderam participar de atividades educativas que exploraram os biomas do país, além de receberem sementes nativas e aprender sobre suas características.

A carta coletiva, elaborada por estudantes de várias partes do Brasil, destaca o compromisso com a educação ambiental, justiça climática e o respeito aos saberes tradicionais e científicos. O documento clama pela proteção da biodiversidade e de comunidades vulneráveis, enfatizando a importância da diversidade, equidade e dos direitos humanos como bases para a regeneração do planeta e a construção de um futuro sustentável.

Contribuições de São Paulo

Os alunos de São Paulo trouxeram perspectivas que refletem a diversidade das escolas e territórios do estado. Eles ressaltaram a necessidade de combater o racismo ambiental, que afeta populações vulneráveis, incluindo comunidades quilombolas e indígenas, destacando a importância da união para enfrentar os desafios das mudanças climáticas.

A professora de geografia e representante da Subsecretaria Pedagógica (Suped) da Seduc-SP, Andréia Cardoso, mencionou que, durante a Feira de Projetos, os alunos distribuições mais de 25 tipos de sementes nativas.

Estudantes da rede estadual de São Paulo se engajam em causas ambientais. Foto: Governo de São Paulo/Divulgação

“Cada estudante retornou com vivências valiosas e conhecimento do que aprendemos em nossas escolas e comunidades. Trouxemos sementes de nossas regiões, compartilhando com outras delegações e explicando a origem e características de cada espécie. Foi uma experiência significativa.”

Entre os tipos de sementes distribuídas estavam jequitibá, coentro, quiabo, olho de boi, ipê, jerivá e pajuçara.

A estudante Heloísa Maria dos Santos Lourenço, de 14 anos, do 9º ano da Escola Estadual Loureiro Júnior, na zona leste da capital, comentou sobre a experiência na Conferência: “Agradeço muito pela oportunidade de participar. O evento ressaltou que, como adolescentes, devemos nos apropriar das estratégias para a sustentabilidade, sempre mirando no nosso futuro e no do planeta. Foi muito enriquecedor interagir com autoridades e outros jovens de diferentes culturas. A lição mais importante é a empatia por aqueles que são mais afetados pelas mudanças climáticas.”

Abaixo, apresentamos a carta para a COP30, resultado da colaboração dos estudantes da CNIJMA:

CARTA COMPROMISSO DOS JOVENS PELA EDUCAÇÃO E JUSTIÇA CLIMÁTICA

Nós, jovens participantes da VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, compartilhamos nossos compromissos coletivos.

Reconhecemos que os problemas ambientais são causados por ações humanas e que, como jovens, temos a responsabilidade de iniciar a transformação agora, pois o futuro começa hoje.

Portanto, nos comprometemos a:

Apoiar a luta dos povos indígenas, comunidades quilombolas e agricultores familiares, vital para qualquer transformação social e ambiental através de saberes ancestrais e conhecimentos científicos.

Proteger a vida e todas as formas existentes no planeta, assegurando equidade e inclusão. Reconhecemos que a justiça climática transcende apenas o meio ambiente.

Aumentar nossa capacidade de prevenção de riscos, entendendo que a consciência das diferentes vulnerabilidades nos torna mais humanos e aptos a enfrentar os impactos dos desastres climáticos.

Respeitar a diversidade de gênero, raça, sexualidade (LGBTQIANP+) e a inclusão de pessoas com deficiência. Isso é fundamental para combater desigualdades e construir uma sociedade justa e pacífica.

Ouvir as comunidades ribeirinhas, periféricas, aldeias, favelas e assentamentos, que são as que menos contribuem para o aquecimento global, mas são as mais afetadas pelo clima.

Resistir a sistemas que promovem a competição por poder e riqueza, que geram desigualdade e preconceito, como racismo, homofobia, exclusão, intolerância religiosa e machismo.

Conservar a biodiversidade como um direito fundamental à vida, promovendo a educação ambiental nas escolas como uma ferramenta de transformação.

Transformar o Brasil por meio da Educação e Justiça Climática é uma responsabilidade que compartilhamos todos e todas.