EPTS vai receber R$ 1,6 milhão para gerenciar hub da Prefeitura de Taubaté
10 de junho de 2020
A Prefeitura de Taubaté vai pagar R$ 1,646 milhão para que a EPTS (Empresa de Pesquisa Tecnológica e Serviços) gerencie o Hitt (Hub de Inovação Tecnológica de Taubaté).
A empresa, que é ligada à Unitau (Universidade de Taubaté), tem como diretora executiva Patrícia Ortiz, irmã do prefeito Ortiz Junior (PSDB).
A EPTS foi contratada com dispensa de licitação. Segundo o governo Ortiz, a escolha da empresa ocorreu após uma pesquisa de mercado com a participação de outras sete instituições do ramo tecnológico.
“A EPTS apresentou proposta mais vantajosa, com valores mais baixos e com pleno atendimento ao termo de referência do projeto. Todo este procedimento contou com o acompanhamento do Ministério Público”, alegou a gestão tucana.
Durante o contrato, a EPTS ficará responsável por ações como: elaborar, implantar e operacionalizar o Plano de Uso e Conservação do Hub; elaborar regimento interno do Hitt; realizar o processo de seleção de startups; realizar cursos de capacitação para os incubados; e elaborar relatórios mensais e anuais das atividades e da prestação de contas financeiras.
Para o serviço, a empresa terá que contratar nove profissionais: gestor do Hitt, gestor de inovação, supervisor de criação artística, supervisor de comunicação social, técnico de labfab, auxiliar administrativo, assessor de tecnologias digitais de informação e comunicação, estagiário de tecnologias digitais de informação e comunicação e estagiário de comunicação social.
INCUBADORA.
Segundo a prefeitura, o Hitt funcionará nas dependências do Via Vale Garden Shopping, que venceu chamamento público realizado pelo município no ano passado. O shopping se disponibilizou a ceder, gratuitamente, um espaço de 1.500 m², sem custo de locação e condomínio.
O governo Ortiz alegou que “o local está pronto” e que o início da operação depende das regras de quarentena no estado.
A prefeitura informou que o espaço será dividido entre: 17 startups, com espaço para quatro pessoas cada uma; 28 lugares de coworking; e duas salas de reunião para seis pessoas cada uma.
INOVAÇÃO.
Esse será o segundo hub de Taubaté. O primeiro foi implantado no ano passado, em parceria com a Unitau.
Esse primeiro hub, que funciona em um prédio da universidade no Centro, também de 1.500 m², oferece salas individuais para quatro empresas selecionadas, espaços para coworking e áreas comuns como banheiros, salas de reunião, salas de descanso, convivência e cozinha.
A vocação desse primeiro hub é a pesquisa voltada para tecnologia, inovação e educação.
ADEQUAÇÃO.
A ideia de apostar em hubs, anunciada em 2019, foi uma mudança na estratégia aplicada pelo governo Ortiz desde 2013. Naquele ano, ao lado da Unitau, a prefeitura anunciou a implantação de um Parque Tecnológico, que entraria em operação ainda em 2013 – o que não se concretizou.
A área em que deveria funcionar o Parque Tecnológico chegou a ser inaugurada em junho de 2016, há exatos quatro anos, mas o espaço nunca recebeu nenhuma atividade – trata-se apenas de uma área cercada, sem qualquer prédio.
Agora, a proposta é de que as startups que se desenvolverem nos hubs sejam transferidas ao Parque Tecnológico, caso ele seja finalizado futuramente.