Duplicação de viaduto do Cidade Jardim volta à ‘estaca zero’
11 de abril de 2018
Prefeitura desistiu de usar projeto da NovaDutra para duplicar viaduto, que já estava pronto, e decidiu contratar outra empresa para fazer um novo estudo; avaliação é que projeto original deixaria a região sem acesso por pelo menos 10 meses
Redação / Gazeta de Taubaté
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A novela da duplicação do viaduto do bairro Cidade Jardim, que é um dos principais gargalos do trânsito de Taubaté, ganhou mais um capítulo, que deve atrasar ainda mais o desfecho da história.
O governo Ortiz Junior (PSDB) desistiu de utilizar o projeto executivo elaborado pela CCR NovaDutra, que já estava pronto e havia sido cedido pela concessionária, e decidiu contratar outra empresa para fazer um novo estudo.
A justificativa é que o projeto da CCR “não se tornou viável”, pois ele previa demolir o viaduto existente e construir um novo, o que deixaria a região sem acesso por pelo menos dez meses, “causando um transtorno imenso”.
Já a proposta da prefeitura é, primeiramente, construir um novo viaduto ao lado do atual. Quando ele ficar pronto, o viaduto antigo será demolido e outro será erguido no mesmo local.
Com essa estratégia, o governo Ortiz visa “não atrapalhar ainda mais o acesso”. O viaduto atual tem oito metros de largura. Os dois novos teriam 14 metros cada, com passagem de ciclistas e pedestres.
PROJETO/ O projeto executivo será elaborado pela CBEA Engenharia, que irá receber R$ 143 mil pelo serviço.
A empresa também ficará responsável pelos projetos de outras duas obras: a construção de uma nova saída da Via Dutra na altura da Rodovia Oswaldo Cruz e de um novo acesso no trecho do Habib’s.
A CBEA terá cinco meses para concluir o serviço. Depois, os projetos terão que ser submetidos à análise da CCR e da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Só depois que os projetos forem aprovados é que o governo Ortiz poderá abrir a licitação para definir a empresa que ficará responsável pela obra.
NOVELA/ A duplicação do viaduto do Cidade Jardim foi prometida por Ortiz ainda na campanha de 2012.
Em 2014, o tucano passou a tentar ‘terceirizar’ a obra. Inicialmente ela seria feita pelo shopping Via Vale, em contrapartida a irregularidades no recebimento de uma área pública em Taubaté. Depois, seria de responsabilidade da CCR.
Apenas em junho de 2016 Ortiz voltou a assumir a responsabilidade pela obra, pedindo que a concessionária cedesse o projeto ao município.
A obra, estimada em R$ 16,5 milhões, será feita com recursos do empréstimo do CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina).