Promessa de campanha do prefeito de Taubaté, Ortiz Junior (PSDB), a construção da unidade do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) no município foi descartada ontem pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB).
O anúncio foi feito pela diretora regional de Saúde, Sandra Tutihashi, durante a reunião da Frente Parlamentar de Vereadores da Região Metropolitana do Vale e Litoral Norte, em Bananal.
Questionada pelos parlamentares sobre a implantação da unidade em Taubaté, Sandra desconsiderou essa hipótese. “Ela [Sandra] disse que o AME não vai para Taubaté, que a cidade não faz parte da programação”, declarou o presidente da Frente, vereador Hernani Barreto (PT), de Jacareí.
“A Sandra foi taxativa, não haverá AME em Taubaté. Disse que os hospitais da cidade já fazem esse trabalho”, afirmou o vereador joseense Luiz Mota (Pros), também presente à reunião em Bananal.
perda / Por meio de nota, a secretaria de Saúde do Estado confirmou ontem que ‘não está prevista’ a implantação do AME em Taubaté. Segundo a pasta, os hospitais Regional e Universitário, ambos administrados pelo Estado, ‘oferecem atendimento ambulatorial em diferentes especialidades médicas’.
A secretaria ressaltou ainda que a RMVale conta com dois AME’s e que um terceiro está sendo construído em Lorena. A nova unidade deve ser inaugurada no início de 2014 e vai atender 27 cidades, entre elas Taubaté.
promessa /Na campanha de 2012, Ortiz Junior prometeu que o município receberia um AME. A unidade seria implantada no prédio onde hoje funciona o PSM (Pronto Socorro Municipal), que seria transferido para o HU. “É lamentável que isso aconteça. Essa é mais uma promessa mentirosa do prefeito, que não será concretizada”, disse o parlamentar Salvador Soares (PT), de Taubaté, que também participou da reunião da Frente, em Bananal.
crise / A discussão sobre a vinda do AME para Taubaté já se arrasta desde a administração anterior, que descartou a vinda da unidade. Para o vereador taubateano Bilili de Angelis (PSDB), presidente da Comissão de Saúde da Câmara, a decisão do governo do Estado é reflexo da ação judicial movida pela prefeitura contra o Estado, pela suposta falta de leitos em hospitais da cidade.
“A vinda do AME depende 80% do prefeito. Com um secretário de Saúde desses [João Ebram Neto], que coloca o governador na Justiça, não tem como. A cidade perde muito”, disse Bilili.
perda / O prefeito Ortiz Junior alegou ontem que ainda não foi informado oficialmente pelo Estado sobre a decisão de não implantar o AME em Taubaté.