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CPIs encerram trabalhos sem divulgar relatório final das investigações

29 de dezembro de 2020


As três CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) que estavam em funcionamento na Câmara de Taubaté encerraram suas atividades esse mês sem divulgar os relatórios finais.

Segundo o regimento interno do Legislativo, os relatórios deveriam resultar em projetos de resolução que incluíssem “os resultados das investigações”, “indicando os fatos procedentes e os improcedentes, a forma como ocorreram, quem os praticou e quando, as evidências que levaram a cada conclusão, quais delas ensejarão atos da competência de atuação do Ministério Público e da competência de outras autoridades”.

Ainda segundo o regimento interno, o relatório de cada CPI deveria ser votado em plenário. Nesse caso, se o projeto fosse aprovado, seria publicada uma versão resumida do relatório no Boletim Legislativo, e o relatório completo seria enviado ao Ministério Público.

De acordo com a Câmara, no entanto, os relatórios das CPIs foram protocolados apenas no sistema interno, sem dar origem a projetos de resolução para serem votados em plenário. Dessa forma, embora as comissões sejam consideradas encerradas, nem o MP e nem os eleitores têm acesso ao relatório com a conclusão das investigações.

BLINDAGEM.

O descaso com o relatório final das CPIs é mais um indicativo do uso meramente político das comissões de inquérito pela Câmara de Taubaté. Durante o governo Ortiz Junior (PSDB), iniciado em 2013, a base aliada adotou como estratégia blindar a gestão do tucano contra qualquer investigação.

Como o regimento interno permite que apenas três CPIs funcionem simultaneamente, a base governista mantinha sempre três comissões abertas para impedir que a oposição instaurasse uma investigação contra a gestão tucana.

Na legislatura passada, de 2013 a 2016, quatro CPIs foram extintas por perderem o prazo: da Unitau, da Dengue, da Superbactéria e dos Radares.

Na atual legislatura, de 2017 a 2020, duas CPIs foram extintas por perderem o prazo. Uma delas, a das Enchentes, foi aberta em junho de 2018 a pedido do vereador Bobi (PSDB), com a justificativa de analisar os problemas causados pelas chuvas na cidade. O prazo para conclusão dos trabalhos era de 90 dias, mas nenhuma reunião pública foi realizada nesse período e os integrantes também não solicitaram a prorrogação. A comissão foi declarada extinta em março de 2019, após o jornal revelar o erro.

Fato semelhante ocorreu com a CPI dos Postes, instaurada em setembro de 2019 a pedido de Jessé Silva (PL), com o pretexto de apurar nove supostos problemas relacionados aos postes da concessionária EDP São Paulo. O prazo inicial para conclusão dos trabalhos era de 180 dias, mas nenhuma atividade ocorreu no período e não houve pedido de prorrogação.

CPI DA SABESP.

Uma das três CPIs encerradas esse mês foi a da Sabesp, que havia sido criada em março de 2019, a pedido do vereador Douglas Carbonne (DEM), líder do governo Ortiz na Câmara. O pretexto era investigar reclamações de desabastecimento e ‘água suja’.

Apenas depois de um ano e meio, em setembro de 2020, a CPI fez sua primeira reunião pública, com a oitiva do gerente regional da empresa, Claudio Katayama.

Nessa data, os integrantes da CPI disseram que pretendiam ouvir, na sequência, o secretário de Serviços Públicos, Alexandre Magno, mas isso não ocorreu.

A reportagem procurou Carbonne (presidente) e Dentinho (PSL), que era o relator da comissão, para questionar por qual motivo o relatório não foi divulgado, mas nenhum deles respondeu os questionamentos.

O jornal chegou a obter acesso ao relatório final dessa CPI. Das 17 páginas do texto, menos de duas representam a “conclusão” da investigação. Nela, os vereadores fazem apenas recomendações, como aumento do valor das multas à Sabesp em caso de descumprimento contratual.

CPI DA ESSENCIAL.

Outra CPI encerrada esse mês também havia sido criada em março de 2019: a da Essencial, que foi aberta a pedido da vereadora Gorete Toledo (DEM) para apurar atrasos nos pagamentos dos salários de médicos que prestam serviço para a empresa, contratada em fevereiro de 2016 e que atua em quatro unidades de urgência e emergência da rede municipal.

Ainda em 2019, a CPI fez suas três únicas oitivas: foram ouvidos Mauro Hamilton Bignardi (sócio da empresa) e os secretários Odila Sanches (Finanças) e João Ebram Neto (Saúde).

Como os ouvidos apresentaram versões contraditórias – o secretário de Saúde e o sócio da empresa creditaram os atrasos nos pagamentos de salários a falhas no repasse por parte do município, e a secretária de Finanças negou falhas nos repasses –, uma acareação entre os três chegou a ser agendada para fevereiro de 2020, mas acabou desmarcada a pedido de Odila e não foi realizada posteriormente.

A reportagem procurou Gorete (presidente) para questionar por qual motivo o relatório não foi divulgado, mas a vereadora não respondeu os questionamentos.

CPI DA COVID.

A CPI da Covid foi a última a ser criada, em agosto de 2020, a pedido do vereador Dentinho, com o pretexto de apurar a aplicação dos recursos recebidos pela Prefeitura para o enfrentamento da pandemia do coronavírus.

Essa comissão foi instaurada para evitar a abertura de outra CPI, sugerida pela oposição, que investigaria suposto superfaturamento dos kits de alimentação entregues a alunos da rede municipal durante a pandemia.

A CPI da Covid fez apenas uma oitiva, de Odila Sanches, em outubro. Nem Dentinho (presidente) e nem Carbonne (relator) foram localizados para explicar por qual motivo não divulgaram o relatório final da comissão.

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