Entidade recebeu de servidores a informação de que a Secretaria de Educação suspenderia as dobras a partir de 2017; pasta nega essa possibilidade
Redação / Gazeta de Taubaté
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O Sindicato dos Servidores encaminhou questionamento à prefeitura, nessa semana, para cobrar explicações a respeito da dobra de aula dos professores.
A medida foi tomada depois que professores do ensino infantil procuraram a entidade dizendo que a Secretaria de Educação poderia cortar a dobra a partir do ano que vem.
“A entidade aguarda resposta da secretaria e um posicionamento da prefeitura a respeito do assunto, tendo em vista que os professores têm uma programação familiar com base no salário que recebem e devem ser notificados de qualquer alteração de forma oficial e antecipada”, informou o sindicato.
Em nota enviada à Gazeta de Taubaté, a Secretaria de Educação informou que “não há risco” de que a dobra seja suspensa, e que a pasta tem a “convicção” de que o sistema aumenta o vínculo do professor com a comunidade local, já que o profissional “permanece maior tempo junto à unidade de ensino na qual leciona”.
“A dobra dos docentes efetivos é importante para o município e não há qualquer risco de ser suprimida. Ao contrário, deve ser incentivada por haver menor desgaste físico e mental do docente”, diz trecho do comunicado.
BALANÇO/ A cada quatro professores da rede municipal, três trabalham o dobro da jornada prevista como forma de ampliar os salários.
Contratados para trabalhar 20 horas semanais, os docentes podem optar por atuar 40 horas por semana.
A manutenção da opção de dobra foi compromisso do hoje prefeito Ortiz Junior na eleição de 2012.
Segundo balanço divulgado pela prefeitura, dos 1.962 professores que atuam hoje na rede municipal, 1.492 optaram por dobrar a jornada para ampliar os seus salários.