Financiados por dinheiro público, partidos foram a principal fonte de arrecadação dos candidatos da RMVale
Xandu Alves / Gazeta de Taubaté
redacao@gazetadetaubate.com.br
Os candidatos ligados ao Vale do Paraíba (por nascimento ou reduto eleitoral) declararam arrecadação de R$ 94,6 milhões até esta quarta-feira –o prazo final para a prestação de contas é 6 de novembro, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Ao todo, foram 143 candidatos com alguma ligação com a nossa região, incluindo dois que disputaram a presidência (Geraldo Alckmin e Ciro Gomes, nascidos em Pindamonhangaba), além de Toninho Ferreira (candidato a governador) e Luiz Carlos Prates, o Mancha (senador).
O dinheiro arrecadado por eles veio, fundamentalmente, dos partidos políticos. Nada menos do que 97% dos recursos declarados pelos candidatos da RMVale foram repassados pelas legendas.
Neste ano, a Justiça Eleitoral proibiu a doação de empresas. Só permitiu a doação de dinheiro de pessoas físicas, recursos dos partidos e financiamento coletivo.
De acordo com o TSE, o dinheiro dos partidos vem de duas fontes básicas: Fundo Partidário e Fundo Eleitoral, este aprovado pelo Congresso em 2017. Ambos são formados por dinheiro do Tesouro, ou seja, do contribuinte.
O Fundo Partidário é o recurso que o partido tem para se manter. Parte dele pode ser repassado a candidatos.
O Fundo Eleitoral foi criado para o financiamento público das campanhas deste ano.
O TSE distribuiu R$ 1,7 bilhão aos 35 partidos.
Ainda segundo o TSE, todo dinheiro que o candidato arrecadou e não usou terá que ser devolvido. Para o partido ou para o Tesouro Nacional.