Comando da GCM não vê irregularidade em abordagem de homem em semáforo
24 de junho de 2020
Após análise das imagens da ocorrência, a Corregedoria e o Comando da GCM (Guarda Civil Municipal) de Taubaté constataram que não houve irregularidade na conduta dos agentes que abordaram um homem em um semáforo no último dia 13.
Segundo a Prefeitura, a conclusão foi tomada após “uma apuração administrativa dos fatos” – o governo Ortiz Junior (PSDB) entendeu que “não houve necessidade de abertura de sindicância”.
A ação ocorreu na região da Rodoviária Nova, no bairro Jardim Ana Emília. Ao menos dois vídeos feitos por moradores mostram o momento em que os agentes tentam imobilizar o homem em um gramado.
GRAVAÇÃO.
Nos vídeos, os moradores dizem estar gravando a ação para denunciar a truculência e o uso de força excessiva dos agentes. “Vai matar o cara enforcado”, diz um dos moradores. “Ele não está fazendo nada, estava pedindo comida só”, afirma uma mulher na gravação.
Os agentes, então, pedem para que os moradores deem “licença”, mas eles não recuam e continuar a contestar a ação, chamando os guardas de “ignorantes” e filmando a placa da viatura em que eles estavam, para facilitar a identificação. “Ele está apanhando por quê? Por que ele pediu marmita?”, diz um morador. “O prefeito ainda quer dar arma para vocês”, afirma outro.
POSIÇÃO.
Logo após a ação, o governo Ortiz divulgou uma nota em que alegou que “o homem que aparece nas imagens resistindo à prisão durante a abordagem da Guarda Civil Municipal de Taubaté estava num semáforo interpelando os motoristas e pedindo dinheiro, com um cachorro no colo, colocando em risco a própria vida e do animal”.
Segundo a gestão tucana informou na ocasião, “a GCM, através do telefone 153, recebeu uma ligação de uma munícipe, denunciando este homem, alegando que se sentiu coagida por ele”.
A nota disse também que “quando o GCM foi abordá-lo, ele fugiu”, e que os guardas “foram atrás” e “quando tentavam novamente conversar o homem tentou agredi-los, então foi iniciada a abordagem de prisão”.
O governo Ortiz argumentou ainda, na ocasião, que foi “neste momento [que] os munícipes chegaram e começaram a filmar, atrapalhando a abordagem. Com isso o homem conseguiu fugir novamente e um dos guardas ainda foi mordido pelo cachorro do mesmo”.
A gestão tucana alegou ainda que “neste ato os munícipes correram risco e colocaram a vida dos GCMs em risco, já que não foi possível averiguar a denúncia da moradora e saber a real intenção daquele homem, que por duas vezes resistiu à prisão”.