O cartão SIM (Sistema Informatizado Municipal), uma das principais bandeiras da gestão Roberto Peixoto (sem partido), será reformulado pelo prefeito Ortiz Junior (PSDB) no fim do ano.
O governo fará o recadastramento dos usuários, para agilizar os serviços de saúde e acabar com o inchaço no sistema: hoje, o cartão tem 415 mil cadastrados, 132 mil a mais do que a população da cidade — 283 mil.
O Executivo considera que o sistema é ineficaz, e deve abrir em breve uma licitação. Criado pelo ex-prefeito, o SIM pretendia agilizar os serviços da saúde, controlando e armazenando dados dos pacientes da rede pública. Em fevereiro, a prefeitura já informava a reformulação do sistema, que seria estudada pela Secretaria de Saúde.
“O novo sistema está em processo de licitação e deverá ter um cadastro eletrônico com nome e número de identificação de cada usuário e que será integrado ao sistema informatizado da Secretaria de Saúde para facilitar e agilizar os atendimentos em qualquer unidade da rede”, disse, em nota, o secretário de Saúde, João Ebram Neto.
CARTÃO/ O recadastramento será feito para diminuir o número de usuários. A própria prefeitura reconhece que o número de cadastrados atual excede a população da cidade. “Foi concluído que há munícipes com mais de um cadastro e pessoas de outras cidades que possuem o cartão e utilizam o sistema municipal”, afirmou, em nota. O processo de licitação deve ser finalizado ainda esse ano.
A empresa contratada fará a higienização da rede, identificando os reais usuários do município, e ter um controle maior de todos os cadastrados, para evitar fraudes, pessoas com dois cartões e população de fora da cidade. SIM/ A Prefeitura de Taubaté também informou que o sistema deve ganhar um novo nome para substituir o Sistema Informatizado Municipal, criação do governo Peixoto. O projeto do sistema integrado foi criado em 2005, e foi uma das grandes estrelas da campanha de reeleição do ex-prefeito.
Projeto de Peixoto ficou paralisado
O SIM recebeu de Peixoto um investimento R$ 2,7 milhões, mas teve de ser paralisado em 2008, já que empresa que prestava o serviço deixou de atuar na cidade. O projeto foi retomado em novembro de 2011, mas não teve o sucesso esperado pela antiga gestão. A ideia era melhorar o armazenamento de dados dos pacientes, além de controlar o estoque de medicamentos da farmácia municipal. As consultas médias poderiam ser marcadas nos postos para qualquer uma das unidades da rede.