CADE aprova a transferência da Emae para a Sabesp sem objeções.

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) anunciou hoje, 15 de abril, a aprovação da venda do controle da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) para a Sabesp. A decisão foi tomada pelo superintendente-geral Alexandre Barreto, sem a necessidade de votação no plenário do Conselho. Ele afirmou que a operação “não irá prejudicar a competitividade no mercado”.

A Sabesp adquiriu 70% do controle da Emae por R$ 1,131 bilhão. A empresa afirmou que “a combinação da segurança hídrica com o potencial energético amplia a sinergia entre os negócios e fortalece a capacidade de enfrentar os desafios climáticos e a crescente demanda por serviços essenciais”.

A concretização da compra dependia da aprovação de agências reguladoras e concorrenciais, entre outras condições que poderiam interromper a negociação.

Energia

De acordo com os dados de 2023, a Emae gerou 1.663 GWh de energia elétrica, suficiente para atender aproximadamente 825 mil residências. A eletricidade produzida é distribuída ao consumidor final por concessionárias.

A empresa também desempenha um papel crucial na prevenção de alagamentos em áreas urbanas, controlando os níveis dos rios Pinheiros e Tietê. Na capital, isso é feito por meio do bombeamento de água do Canal Pinheiros para a Represa Billings.

Ao anunciar a transação, o Governo de São Paulo ressaltou que a aquisição deve reforçar a segurança hídrica da população, melhorando o gerenciamento de um complexo sistema de barragens, diques e reservatórios, como Billings e Guarapiranga, essenciais para a resiliência hídrica, especialmente na região metropolitana de São Paulo.

“A aquisição representa uma operação de mercado e pode aumentar os investimentos em segurança hídrica. A Sabesp planeja aumentar a capacidade de reservação de água e a produção em 7 mil litros por segundo, utilizando a infraestrutura dos reservatórios, assegurando mais resiliência para a Região Metropolitana e a Baixada Santista”, declarou o Governo.