Após 32 meses, Parque Tecnológico ainda não foi regularizado junto aos órgãos competentes
8 de fevereiro de 2019
Falta de regularização impede qualquer atividade no espaço, que foi inaugurado em junho de 2016 pelo governo Ortiz
Redação / Gazeta de Taubaté
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Inaugurado em junho de 2016 pelo governo Ortiz Junior (PSDB), o Parque Tecnológico de Taubaté ainda não regularizado junto aos órgãos competentes.
Embora teoricamente o espaço já exista, passados 32 meses de sua inauguração o local tem apenas mato, sem nenhuma atividade de empresa ou instituição de ensino.
Questionada pela reportagem, a gestão tucana reconheceu que apenas “a matrícula da área junto ao Cartório de Registro de Imóveis está concluída”, mas que ainda faltam as aprovações de “projetos ambientais, de mobilidade e urbanísticos junto aos respectivos órgãos”.
O governo Ortiz admitiu que os processos de instalação das empresas e entidades que manifestaram interesse de atuar no espaço dependem da regularização da área. Apenas depois disso é que voltarão a tramitar.
Por questões financeiras, no entanto, não há previsão de quando esse empecilho será superado. “A conclusão deste processo está vinculada ao equilíbrio orçamentário da administração municipal”, informou a gestão tucana.
ATRASO/ O Parque Tecnológico foi prometido inicialmente pelo governo Ortiz para 2013. A unidade seria voltada para áreas como Engenharia Ferroviária, Engenharia Automotiva, Engenharia Aeronáutica (Asa Rotativa), Defesa Pública, Energia Verde, Engenharia Biomédica, Biotecnologia e Aplicações Médicas, Águas e Engenharia Química.
Em dezembro de 2014 foi realizado evento para lançamento do projeto, que custaria R$ 7 milhões. Em junho de 2016, em período pré-eleitoral, o tucano inaugurou o parque.
Nessa primeira fase, o investimento foi de R$ 3,98 milhões. Desse total, apenas R$ 300 mil saíram dos cofres da prefeitura, para serviços como placas de sinalização e de identificação.
O restante foi investido por três empresas, como contrapartida por doações de área.
Desde 2016, quase nada andou. O restante das obras de infraestrutura no local, previstas para as fases dois e três do projeto, não tem sequer projeto executivo elaborado. Sem isso, a prefeitura não sabe, por exemplo, quanto precisará investir no espaço.
Dividida em 472 lotes, a área de 731.000 m² no Distrito Industrial do Una não tem nem estrutura de água e esgoto.