Cidades do Vale do Paraíba conseguem economizar água e, de acordo com a Sabesp, possuem risco zero de racionamento
Redação / Gazeta de Taubaté
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Foto: Arquivo/Alan Collet/08-09-2015
Cerca de 60% da população da região reduziu o consumo de água na crise hídrica. Eles são 1,416 milhão de pessoas que vivem em 23 cidades operadas pela Sabesp, nas quais a média de gasto de água caiu de 150 litros por dia por habitante em 2014 para 130 litros, em 2015.
Segundo a Sabesp, com a economia de 20 litros por dia por habitante e mais as chuvas, que recuperaram os reservatórios do rio Paraíba (32,05% de volume útil), a região pode retomar o consumo normal de água, sem fazer privações.
“Não precisa se privar. Não faltou e nem faltará água na região”, diz o engenheiro Fernando Oliveira, superintendente da Sabesp no Vale do Paraíba. “Mas deve-se evitar o desperdício. O consumo racional é sinal de amadurecimento”.
Segundo ele, embora as cidades da RMVale não tenham corrido risco de desabastecimento na crise, como ocorreu na Grande São Paulo, a população reduziu o consumo, impactada pela situação na capital, onde houve racionamento.
Agora, ressaltou Oliveira, a recuperação dos reservatórios com as chuvas desde o final do ano passado blinda a região de qualquer crise. “Não há nenhum risco de faltar água”.
Ele diz que a população não precisa se privar de água e deve evitar o uso de fontes alternativas, como água de chuva para beber.
“Essa água pode ser usada na limpeza de áreas da casa, mas nunca para consumo humano ou limpeza de alimentos. Pode estar contaminada”, avisa. “Pode-se usar a água sem privações, com racionalidade, evitando-se essas fontes duvidosas”.
Segundo ele, a região pode muito bem retomar o consumo médio de 2014, de 150 litros por dia por habitante. Ou até um pouco mais. “Temos água suficiente para esse consumo. O que não pode é usar água tratada para lavar calçada”.