O programa SuperAção SP está progredindo em São Vicente, na Baixada Santista, com agentes atuando em áreas estratégicas. Essas regiões foram identificadas pelas equipes locais de assistência social para fortalecer o apoio a famílias em situação de vulnerabilidade.
Em São Vicente, os agentes operam a partir dos CRAS São Vicente e Jóquei Clube, realizando visitas domiciliares e acompanhando famílias registradas no Cadastro Único (CadÚnico). Essa ação é feita em parceria com a Prefeitura e os profissionais da rede de assistência social local.
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Os bairros atendidos incluem Catipoã, Centro, Ilha do Bugre, Japuí, Jardim Independência, Jardim Recanto, Jóquei Clube, Parque Bitaru, Parque São Vicente, Sá Catarina de Moraes, Sambaiatuba e Vila Valença.
Os agentes do SuperAção SP têm o papel fundamental de acompanhar de perto as famílias que se enquadram nos critérios do programa, elaborando um diagnóstico detalhado e um Plano de Desenvolvimento Familiar (PDF) — um documento que estabelece metas e estratégias para a superação da pobreza, fortalecimento dos vínculos e inclusão produtiva.
Segundo Marcelo Ricci, diretor de Desenvolvimento Social e coordenador do SuperAção SP, “o trabalho dos agentes é o coração do SuperAção SP. Eles conhecem a realidade de cada família, analisam desafios e, em conjunto, criam caminhos para a transformação. A presença constante nos territórios permite identificar barreiras e conectar oportunidades, garantindo que as políticas públicas cheguem a quem mais necessita.”
Cada agente acompanha pelo menos 20 famílias por mês, com visitas que podem ser semanais, quinzenais ou mensais, dependendo da necessidade. O foco está na escuta ativa, na construção de confiança e na conexão com serviços públicos nas áreas de saúde, educação, habitação, emprego e renda.
O programa, que é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado (SEDS), já está em andamento em oito municípios de São Paulo e deve beneficiar mais de 13 mil famílias nesta primeira fase. Campinas é a cidade com o maior número de famílias atendidas, totalizando 4.355, seguida por Itaquaquecetuba (2.883), São Vicente (2.042), Embu das Artes (2.038), Barueri (1.348), Paulínia (300), São Roque (255) e Cabreúva (174).
A atuação dos agentes varia de acordo com o tamanho do município. Campinas conta com 50 profissionais, seguida por Itaquaquecetuba (31), Embu das Artes (22), São Vicente (19) e Barueri (17). Em São Roque, Paulínia e Cabreúva, cada cidade conta com três agentes responsáveis pelo acompanhamento das famílias.
Público-alvo
O público-alvo do SuperAção SP consiste em famílias em situação de vulnerabilidade social que atendam aos seguintes critérios:
- Estão inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico);
- Estão com o CadÚnico atualizado nos últimos 24 meses;
- Têm renda familiar per capita, exceto auxílios sociais, abaixo de meio salário-mínimo nacional (R$ 759, considerando o valor vigente de R$ 1.518 em 2025).
O SuperAção SP é estruturado em duas trilhas de atendimento. A trilha de Proteção Social é direcionada a famílias com maiores dificuldades de inclusão produtiva, como aquelas que necessitam de cuidados, são mais velhas ou estão em situação de rua. A trilha de Superação da Pobreza é voltada para famílias com potencial para inserção no mercado de trabalho.
A diferença entre as duas modalidades se reflete na forma de acompanhamento: enquanto a Trilha de Proteção Social conta com atendimento especializado por equipes técnicas municipais, a trilha de Superação da Pobreza prioriza visitas domiciliares e acompanhamento individualizado pelos agentes.
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As famílias receberão acompanhamento de equipes sociais por dois anos, com a possibilidade de prorrogação por mais seis meses. Cada núcleo familiar terá um plano personalizando que inclui assistência financeira, bonificações por metas alcançadas e acesso facilitado a políticas públicas nas áreas de saúde, educação, habitação, assistência social e geração de renda.
Todos os agentes contratados passaram por um treinamento oferecido pela SEDS em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV Projetos) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Durante duas semanas intensivas de capacitação, eles aprenderam sobre construção de vínculos de confiança, uso de tecnologias digitais para monitoramento e desenvolvimento dos planos familiares.

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