Na última sexta-feira (21), o Metrô recebeu oficialmente a segunda tuneladora que irá escavar um trecho de 7 quilômetros entre a Penha, na capital, e Guarulhos, como parte da expansão da Linha 2-Verde. Fabricado pela CREG (China Railway Engineering Equipment Group), o equipamento, conhecido como tatuzão, será o maior da América Latina, superando a tuneladora Cora Coralina.
Com tecnologia de ponta e dimensões impressionantes, o tatuzão possui 133 metros de comprimento, 11,67 metros de diâmetro e um peso total de 2.600 toneladas. Para comparação, a Cora Coralina, até então a maior tuneladora, pesa 2.100 toneladas.
Este modelo Dual Mode – EPB (Earth Pressure Balance) e Modo Aberto – é projetado para garantir segurança e eficiência em diversos tipos de solo, conseguindo avançar até 15 metros por dia em solo e 10 metros por dia em rocha.
A cerimônia de apresentação ocorreu na sede da fabricante, em Shanghai, na China, com a presença de representantes do Metrô e das empresas parceiras do projeto.
O tatuzão será enviado ao Brasil ainda este ano, com chegada programada para o primeiro trimestre de 2026. A montagem e o início da escavação estão previstos para o primeiro semestre do próximo ano, possibilitando que duas tuneladoras estejam operando simultaneamente nas obras de extensão da Linha 2.
Ficha Técnica da Tuneladora
• Fabricante: CREG (China Railway Engineering Equipment Group);
• Tipo: TBM Dual Mode: EPB (Pressão Balanceada de Terra) e Modo Aberto;
• Comprimento: aproximadamente 133 m;
• Peso total: cerca de 2.600 toneladas;
• Diâmetro da roda de corte: 11,67 m;
• Produção média: até 15 metros/dia em solo e 10 metros/dia em rocha.
Expansão
A Linha 2-Verde será estendida até a Penha, conectando-se à Linha 3-Vermelha, e beneficiará 1,2 milhão de pessoas com a adição de 8 novas estações: Orfanato, Santa Clara, Anália Franco, Vila Formosa, Santa Isabel, Guilherme Giorgi, Aricanduva e Penha. Essa expansão tornará a Linha 2-Verde a mais longa do sistema, com 23 quilômetros, além de reduzir o tempo de deslocamento para os residentes da Zona Leste e redistribuir o fluxo de passageiros na rede ferroviária.

Leave a Comment