O descarte inadequado de lixo doméstico nas redes de esgoto representa um grande desafio para a gestão do saneamento público em todo o Brasil, especialmente durante a temporada de chuvas. De acordo com dados da Sabesp, cerca de 800 toneladas de resíduos são removidas mensalmente das redes coletoras e estações de tratamento nas 375 cidades atendidas pela empresa.
Na Região Metropolitana de São Paulo, o volume de lixo descartado de forma imprópria chega a 580 toneladas, o que equivale ao peso de 7 aviões Boeing 737-800, que transportam até 189 passageiros, ou de aproximadamente 950 vacas adultas.
Esse lixo geralmente vem do descarte inadequado em vasos sanitários, pias e ralos, o que dificulta o tratamento de esgoto e pode causar entupimentos e danos nas redes. Nos últimos 12 meses, a Sabesp executou 163.992 desentupimentos, um trabalho que tem impacto direto no trânsito, exigindo bloqueio de vias para o uso de equipamentos pesados e, em muitos casos, abertura de valas.
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Os itens mais comuns encontrados nesse lixo incluem preservativos, fraldas descartáveis, óleo de fritura, absorventes, tampinhas de garrafa, cabelo, plásticos, pinos de drogas, trapos e fibras de tecido. Esses materiais prejudicam o fluxo adequado do esgoto, aumentam o risco de vazamentos e elevam os custos operacionais para a manutenção do sistema. Um fator adicional que agrava o problema é a ligação irregular de água da chuva à rede de esgoto, que deveria ser vinculada ao sistema de águas pluviais, responsabilidade das prefeituras.
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ÓLEO DE FRITURA
A empresa destaca também os problemas causados pelo descarte de óleo de fritura na pia. Essa gordura solidifica nas tubulações, tornando impossível o desentupimento com equipamentos de sucção ou jateamento. Nesses casos, é necessário quebrar a rua para substituir uma parte do tubo, o que afeta ainda mais a população.
Todo o material inadequado retirado das estações de tratamento é armazenado em caçambas e enviado para aterros sanitários licenciados, cumprindo as normas e exigências ambientais.
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