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Entre os mais de 170 mil professores que lecionam nas mais de 5.000 escolas estaduais de São Paulo, 188 são originários de outros países. Esses educadores atuam na educação básica, desde o 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental e nas séries do Ensino Médio, além da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e em 150 Centros de Estudos de Línguas (CELs) do estado. As nacionalidades mais comuns incluem Portugal, com 27 professores, Japão, com 24, Chile, com 19, Argentina, com 14 e Angola, com 12.
A professora Bernarda del Carmen Silva Carmona, chilena, ensina espanhol no CEL da Escola Estadual Peixoto Gomide, em Itapetininga. Natural de Santiago, ela reside no Brasil há três décadas. Anteriormente, trabalhava como secretária executiva em uma multinacional do setor petrolífero chileno. Sua mudança para o Brasil foi inesperada: “Vim passar as férias e acabei ficando”, conta.
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Com formação em Letras (espanhol e inglês) e em língua portuguesa, Bernarda começou sua trajetória profissional em escolas particulares, mas sonhava em atuar na educação pública. “Sempre trabalhei em instituições particulares e desejava uma chance na rede pública”, relata. Hoje, realiza esse sonho lecionando no CEL.
A além de ensinar o idioma, Bernarda também compartilha aspectos culturais do mundo hispânico, como a localização dos países, pontos turísticos, escritores, pintores, gastronomia, danças típicas e literatura, incluindo autores premiados como Pablo Neruda.
Ela guarda com carinho experiências marcantes com seus alunos brasileiros, como “os alunos que gabaritaram o Enem em espanhol”.
Bernarda enfatiza a importância do aprendizado de uma língua estrangeira, considerando que o Brasil faz fronteira com países hispânicos e que o mercado de trabalho valoriza o conhecimento de idiomas.
Além disso, envia uma mensagem aos alunos que participarão do Provão Paulista em 2025: “Todos que se formam na Fatec têm seus diplomas reconhecidos nos países do Mercosul, e o espanhol é relevante em todas as profissões da Fatec”.
Onde estão os professores estrangeiros
Na capital, há 58 professores de outros países. No interior, a área de ensino com mais docentes estrangeiros é São José dos Campos, que conta com seis professores de fora do Brasil.
Um exemplo é a japonesa Noriko Adachi Akama, que começou a ensinar em 1984 e atualmente é professora de japonês no CEL da Escola Estadual Major Aviador José Mariotto Ferreira. Sua trajetória começou quando uma aluna perguntou, sabendo que ela dominava o japonês, se queria dar aulas. “Isso despertou em mim um imenso desejo de ensinar minha língua nativa”, lembra.
Noriko acredita que ensinar vai muito além de gramática: “Acredito que ensinar uma língua é abrir portas para novas visões de mundo”. Para isso, adapta o conteúdo para se conectar com seus alunos, utilizando músicas, filmes, séries e temas atuais da juventude, além de valorizar a oralidade e a afetividade no processo de aprendizagem.
Como se inscrever nos cursos gratuitos de idiomas
Os Centros de Estudos de Línguas (CEL) do estado de São Paulo oferecem cursos gratuitos de idiomas. Os alunos da rede estadual podem aprender línguas como inglês, espanhol, francês, alemão, italiano e japonês, além de cursos de língua portuguesa para estrangeiros e libras (Língua Brasileira de Sinais). Existem 150 unidades em todo o estado, cada uma oferecendo diferentes opções de idiomas.
Estudantes de qualquer escola estadual podem se inscrever nos CELs, independentemente de sua sede escolar. As matrículas são gerenciadas individualmente em cada unidade, e a lista de CELs disponível pode ser acessada [neste link](#).
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