Conflito entre vereadores e manifestantes na Câmara de Taubaté culmina em registro policial

A sessão da Câmara de Taubaté, realizada na terça-feira, 7, terminou em tumulto, envolvendo servidores da prefeitura, funcionários da Câmara e vereadores, resultando em um boletim de ocorrência na delegacia.

A confusão teve início quando manifestantes presentes para acompanhar a votação de um projeto que estabelece teto de gastos no município começaram a bater no vidro que separa a galeria do plenário. Servidores da Câmara tentaram intervir e solicitar que o grupo se acalmasse.

O vereador Moisés Pirulito relatou que alguns manifestantes se comportaram de maneira agressiva, chegando a empurrar servidores e fazer ameaças. “Eu fui defender os servidores, que estavam sendo atacados por seis pessoas. Tentamos dialogar, mas não fomos ouvidos. Chegaram a esfregar o dedo no meu rosto”, disse Pirulito.

O vereador Bobi, que presidia a sessão, comentou sobre a confusão: “Olha lá, estão agredindo o Mário! Espere, estão agredindo um servidor da Casa!”

Alberto Barreto, outro vereador, acrescentou que enquanto falava na tribuna, algumas pessoas vestindo camisetas do PCdoB batiam no vidro, e destacou que os servidores agiram conforme as normas internas. “Uma dessas pessoas acabou agredindo um servidor, o que é inaceitável”, afirmou.

Pelo lado dos manifestantes, Roberto reconheceu o empurra-empurra, mas negou qualquer agressão física. “O Pirulito subiu na cadeira e começou a fazer gestos, empurrando. Isso gerou um tumulto, mas agressões não ocorreram”, disse.

O presidente da Câmara, Richardson Ramos, destacou que houve, de fato, agressões a servidores durante a sessão. “Foi solicitado que a segurança legislativa conversasse com os manifestantes para acalmar a situação, mas infelizmente ocorreram agressões. Vamos analisar as imagens das câmeras de segurança e tomar as devidas providências”, declarou.

Fora do plenário, a discussão persistiu entre servidores municipais e funcionários da Câmara, com troca de acusações e xingamentos.

A Câmara ressaltou que, conforme o Regimento Interno, o público pode assistir às sessões, desde que mantenha respeito aos vereadores e servidores, evite manifestações e siga as determinações da Mesa Diretora.

A sessão foi suspensa por alguns minutos e reiniciada assim que o grupo foi dispersado. Um boletim de ocorrência foi registrado.