A Polícia Civil apreendeu barris com capacidade de até mil litros, garrafas e selos de importação em uma operação que fechou uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas em Jundiaí, na última quinta-feira (2).
A investigação teve início após a denúncia sobre a produção ilegal de bebidas no local. Os agentes descobriram que a residência estava desabitada, mas dedicada exclusivamente à fabricação das bebidas.
Entre os itens confiscados estavam quatro barris, 18 galões, com metade deles parcialmente cheios, seis tambores de mil litros também parcialmente cheios, 408 galões vazios de cinco litros, 200 tampas, 200 caixas de papelão, 30 garrafas vazias, oito filtros de destilação e purificação, além de dois selos de importação.
Os produtos foram encaminhados para perícia, e as investigações continuam para identificar e responsabilizar os envolvidos. O caso foi registrado na DIG de Jundiaí como falsificação, corrupção ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais, além de delitos relacionados a entorpecentes e apreensão de veículos.
Gabinete de Crise e Fiscalizações
O Governo de São Paulo permanece ativo nas investigações e na implementação de medidas de precaução após casos de contaminação por metanol associados a bebidas falsificadas. Um gabinete de crise foi criado na terça-feira (30) para intensificar as ações.
Mais de mil garrafas foram apreendidas para análise ao longo das operações desta semana. Na quinta (2), foram confiscados 1,8 mil lacres falsos na capital e 162 garrafas de uísque com rótulos falsificados em Dobrada, em Araraquara. Adicionalmente, 17,7 mil unidades foram encontradas em uma fábrica clandestina em Americana na terça (30). Em Barueri, 128 mil garrafas foram lacradas na quarta (1) devido à ausência de documentação. Desde 2024, mais de 50 mil garrafas já foram recolhidas pela polícia em operações contra a falsificação de bebidas alcoólicas.
No dia 2, durante uma das interdições em M’Boi Mirim, foram apreendidas seis caixas (60 garrafas) de vodka do mesmo lote confiscado em Barueri. Também foram encontradas caixas abertas, rótulos incorretos e condições sanitárias precárias, incluindo a presença de roedores, baratas, alimentos e água de coco vencidos, além de carne sem controle de temperatura.
O Governo de São Paulo anunciou medidas para abordar intoxicações por metanol, incluindo a interdição cautelar de estabelecimentos, canais rápidos para denúncias, fortalecimento do atendimento na rede de saúde e intensificação das investigações pela Polícia Civil e pela Secretaria da Fazenda.
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