Os primeiros agentes do SuperAção SP chegaram a Paulínia nesta segunda-feira (29), dando início à fase operacional do programa na cidade. Três profissionais irão apoiar 300 famílias em situação de vulnerabilidade, criando planos de desenvolvimento personalizados e conectando os moradores a políticas públicas e oportunidades de emprego. O trabalho inclui visitas regulares para ajudar na construção da autonomia e na superação da pobreza.
Na primeira fase, os agentes do SuperAção SP estarão presentes em oito municípios de São Paulo, incluindo Paulínia e Campinas, focando na transformação de vidas e no combate à pobreza.
Os profissionais atenderão Barueri, Cabreúva, Campinas, Embu das Artes, Itaquaquecetuba, Paulínia, São Roque e São Vicente, colaborando com as famílias na elaboração de planos de desenvolvimento e na conexão com serviços de emprego e renda.
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O programa se concentra na busca ativa de famílias em vulnerabilidade social registradas no Cadastro Único (CadÚnico). Os agentes visitarão as residências, evitando que as famílias tenham que se deslocar até unidades de assistência. Cada agente acompanhará até 20 famílias por mês, realizando visitas conforme necessário.
O documento central desse processo é o Plano de Desenvolvimento Familiar (PDF), que é criado em colaboração com as famílias e estabelece metas e ações focadas na inclusão produtiva e no fortalecimento dos vínculos comunitários.
A secretária Andrezza Rosalém destaca a importância do PDF: “Ele ajudará a identificar as barreiras que as famílias enfrentam na inclusão produtiva, detalhando o caminho que cada membro deve seguir para melhorar sua situação no mercado de trabalho.”
Com acompanhamento próximo e individualizado, os agentes visam oferecer suporte adaptado às necessidades de cada família, ajudando a romper o ciclo da pobreza em São Paulo. “O trabalho dos agentes é cultivar vínculos, conectar famílias a políticas de governo e orientá-las em busca de autonomia”, ressalta a secretária.
Todas as equipes de agentes passaram por uma formação oferecida pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo (SEDS), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV Projetos) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O treinamento de 80 horas incluiu formação teórica e prática sobre construção de vínculos de confiança e uso de tecnologias para monitoramento.
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Número de Famílias Atendidas
O SuperAção SP é estruturado em duas frentes de atendimento: a Proteção Social, destinada às famílias com maiores dificuldades de inclusão produtiva, e a Superação da Pobreza, focada nas famílias com potencial para entrar no mercado de trabalho.
A diferença entre as modalidades se reflete na forma de acompanhamento: na Proteção Social, o atendimento é feito por equipes técnicas dos municípios, enquanto na Superação da Pobreza o enfoque está nas visitas domiciliares e acompanhamento individualizado pelos agentes.
As oito cidades que iniciam o SuperAção SP atenderão, nessa fase, 13.395 famílias. Campinas será o município com maior número de famílias atendidas (4.355), seguida por Itaquaquecetuba (2.883) e Embu das Artes (2.038). Também estão incluídas Barueri (1.348), São Vicente (2.042), Paulínia (300), São Roque (255) e Cabreúva (174).
A quantidade de agentes varia conforme o tamanho do município, com Campinas alocando 50 profissionais, Itaquaquecetuba 31, e outras cidades receberão quantidades menores. Paulínia, São Roque e Cabreúva contarão com três agentes cada.
As famílias serão acompanhadas por dois anos, podendo ser prorrogadas por mais seis meses, com um plano personalizado que envolve assistência financeira, bonificações por metas cumpridas e acesso a serviços públicos em saúde, educação e geração de renda. O total de incentivos pode ultrapassar R$ 10 mil ao longo do programa.
O público-alvo são famílias em situação de vulnerabilidade que atendam aos seguintes critérios:
- Estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico);
- Ter o CadÚnico atualizado nos últimos 24 meses;
- Possuir renda familiar per capita, excluindo auxílios sociais, abaixo de meio salário-mínimo nacional (R$ 759, com o valor vigente de R$ 1.518 em 2025).
Os municípios participantes assinaram um decreto comprometendo-se a fortalecer a rede socioassistencial e conectar as famílias às políticas públicas disponíveis.
Repasse de Recursos aos Municípios
O SuperAção SP integra políticas de diferentes secretarias em um atendimento abrangente para famílias em vulnerabilidade. Com um investimento inicial de R$ 500 milhões, o programa recebeu um aumento significativo de mais de US$ 100 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ampliando os recursos disponíveis.
A primeira fase do programa foi iniciada com a adesão de 48 municípios nas regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas, Sorocaba e Baixada Santista, selecionados com base em indicadores como concentração de pobreza e taxa de ocupação.
Neste primeiro momento, o Estado irá destinar R$ 110 milhões em cofinanciamento aos municípios participantes, com repasses iniciando em outubro. Os valores destinados variam conforme o município, e novos investimentos estão previstos para 2026, visando a continuidade e aprimoramento da rede socioassistencial.
Os recursos serão utilizados para expandir serviços como Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializados (CREAS), e serviços de convivência. Além do suporte financeiro, o programa oferece uma rede de apoio técnico, fortalecendo a capacidade das prefeituras em atuar na superação da pobreza e inclusão produtiva.
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