Um terço dos alimentos processados no Brasil é originário de São Paulo.

Uma análise do Sistema Estadual de Análise de Dados de São Paulo (Seade) revelou que o setor de alimentos é o mais significativo da indústria brasileira, representando 18,5% do Valor da Transformação Industrial (VTI) em 2022. O estado de São Paulo lidera essa área, respondendo por cerca de um terço do VTI nacional.

Apesar das transformações na indústria, como a automação de processos, reestruturação das cadeias produtivas e aumento da concorrência internacional, o setor se destacou na última década. A fundação atribui esse sucesso à sinergia com o agronegócio, à diversificação produtiva e à presença robusta no comércio exterior.

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Em termos de empregos, o setor gerou 466,8 mil postos de trabalho em 2022. As regiões administrativas de Campinas e São Paulo foram responsáveis por 38% do total de trabalhadores na indústria de alimentos do estado no mesmo ano.

Produções

Os principais processos industriais em São Paulo incluem a fabricação e o refino de açúcar, bem como o abate e a produção de carne. A instituição destaca a colaboração com empresas de transporte, responsáveis por levar produtos de frigoríficos e por exportar itens semi-industrializados e industrializados, como suco concentrado e café torrado.

No mesmo período analisado, observou-se um crescimento na produção de óleos e gorduras vegetais e animais. A Fundação Seade aponta que a valorização dos derivados de soja e a crescente demanda global contribuíram para esse aumento.

Exportações

Os alimentos processados tiveram um aumento notável nas exportações do estado de São Paulo, passando de 23,2% em 2012 para 29,9% em 2024. Entre os principais responsáveis estão a produção e o refino de açúcar, que é uma commodity em estado bruto, com foco no mercado internacional.

Em 2024, o setor exportou US$ 21,4 bilhões. Os principais destinos dos produtos alimentícios foram a China (US$ 2,9 bilhões), os Estados Unidos (US$ 2,2 bilhões) e a Índia (US$ 1,2 bilhão).