Na última sexta-feira (26), o Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo, foi iluminado de forma especial para a campanha do Setembro Verde, que promove a doação de órgãos.
O Dia Nacional de Doação de Órgãos acontece neste sábado (27) e busca conscientizar a população sobre a importância desse ato, capaz de salvar até 8 vidas. Além disso, órgãos como parte do fígado podem ser doados ainda em vida, e pessoas com morte cerebral podem ser doadoras após a morte. Contudo, o Ministério da Saúde destaca que, de cada 14 potenciais doadores, apenas 4 efetivamente realizam a doação.
Embora o doador possa expressar seu desejo em vida, é fundamental que sua família esteja ciente e comunique essa intenção à equipe médica. Não há necessidade de registrar a vontade em cartórios ou documentos, mas a família deve estar informada para poder autorizar a doação. Muitas vezes, a manifestação familiar é crucial, tornando a comunicação e o diálogo essenciais.
Os órgãos que podem ser doados incluem coração, intestino, fígado, rins, pulmões, pâncreas, além de medula óssea, córneas, pele, ossos e válvulas cardíacas. Após os transplantes, os receptores podem recuperar funções comprometidas devido a doenças crônicas, autoimunes, câncer ou falência de órgãos.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), atualmente, 26.819 pacientes estão à espera de um transplante em São Paulo. O programa Saúde Digital, por meio do aplicativo Poupatempo, facilita o acesso a informações, permitindo que os pacientes acompanhem seu cadastro e posição na fila de transplantes.
A partir de 2022, aproximadamente 2 mil doadores em São Paulo contribuíram para salvar a vida de muitas pessoas, fazendo do estado o líder em transplantes no Brasil. Dados da Central de Transplantes da SES indicam que, no primeiro semestre deste ano, foram realizados 4.229 transplantes (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim e córneas), um aumento de 9% em relação aos 3.863 procedimentos registrados em 2022.
Para agilizar os transplantes, o Governo de São Paulo implementou o programa TransplantAR – Aviação Solidária, que utiliza aeronaves privadas para transporte gratuito de órgãos, otimizando a logística de captação e aumentando as chances de sucesso dos procedimentos.
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