Nos dias 22, 23 e 24 de setembro, o Metrô de São Paulo realizará sessões públicas para a abertura das propostas da licitação destinada à contratação das obras civis da Linha 19-Celeste. Esta linha conectará o Bosque Maia, no centro de Guarulhos, ao Anhangabaú, no coração da capital, com a capacidade de transportar até 630 mil passageiros diariamente.
Durante a abertura dos envelopes, as propostas financeiras e técnicas serão analisadas para selecionar os vencedores. Após essa etapa, será possível homologar as escolhas, assinar os contratos e iniciar os projetos executivos, que precederão as obras. O prazo estimado para conclusão é de 75 meses a partir do início da construção.
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A nova linha, que terá 17,6 km de extensão e 15 estações, incluirá a construção de túneis, um pátio de manutenção e 18 poços de ventilação e saídas de emergência (VSEs). Os consórcios vencedores também serão responsáveis pelo desenvolvimento do projeto executivo, que fornecerá detalhes técnicos sobre a obra, além do fornecimento e instalação de sistemas auxiliares, como escadas rolantes, elevadores, iluminação e bombas hidráulicas.
A licitação contemplará três consórcios, cada um encarregado de um lote. O primeiro incluirá cinco estações e seis VSEs entre Bosque Maia e Itapegica; o segundo abrangerá cinco estações e seis VSEs entre Jardim Julieta e Vila Maria, incluindo o Pátio Vila Medeiros; e o terceiro envolverá cinco estações e seis VSEs de Catumbi a Anhangabaú.
A Linha 19-Celeste funcionará como um importante eixo de transporte entre Guarulhos e São Paulo, fomentando a valorização urbana, o acesso a empregos, educação e serviços públicos, além de ajudar a reduzir as desigualdades sociais. A nova linha também aliviará a demanda pelo transporte rodoviário intermunicipal, que atualmente é bastante sobrecarregado nas rotas entre Guarulhos e a capital.
Benefícios sociais e ambientais
Esta linha é projetada para atender 630 mil passageiros diariamente, diminuindo em até uma hora o tempo de viagem entre os centros de Guarulhos e São Paulo. Haverá integração com as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha do Metrô, além de possibilidades de conexão com a CPTM, como a Linha 11-Coral. O projeto não apenas melhorará a mobilidade urbana, mas também criará mais de 28 mil postos de trabalho diretos e indiretos e contribuirá para a redução de 131 mil toneladas de gases de efeito estufa anualmente, além de economizar 59,7 milhões de litros de combustível.
Engenharia de grande porte
A construção envolve a escavação de mais de 5,7 milhões de m³, utilização de 1,37 milhão de m³ de concreto, 187 mil toneladas de aço e 610 mil m³ de calda de cimento. Serão empregados métodos como três tuneladoras (tatuzões), NATM (método austríaco de escavação) e escavações em valas abertas, com ênfase nos trechos mais desafiadores, como nas estações Cerealista, São Bento e Anhangabaú, onde o solo apresenta características arenosas e um lençol freático elevado.
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