A excelência das refeições é o maior atrativo do Bom Prato.

O Bom Prato é um restaurante popular que representa segurança alimentar e dignidade para muitos paulistas. Um recente estudo da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) revelou a importância do programa em diversas regiões do estado.

De acordo com a pesquisa, 87% dos usuários frequentam o Bom Prato principalmente pela alimentação oferecida, citando a qualidade da comida (56%), a alimentação saudável (23%) e a diversidade do cardápio (8%). Impressionantes 95,9% dos entrevistados consideraram as refeições ótimas ou boas. Outro aspecto relevante é o preço acessível, mencionado por 74% dos entrevistados, considerando as diferentes áreas de São Paulo e interior.

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A secretária de Desenvolvimento Social do Estado, Andrezza Rosalém, destaca que “os resultados da pesquisa de Seade confirmam o que testemunhamos diariamente: o cardápio é elogiado pela qualidade e pelo preço simbólico, consolidando o programa como uma política pública essencial para a segurança alimentar dos mais vulneráveis.”

Além do valor e da qualidade das refeições, a pesquisa indicou uma aprovação significativa em relação ao atendimento. Para 95,7% dos entrevistados, o serviço prestado é considerado bom ou ótimo, evidenciando o compromisso com o acolhimento e a humanização nas unidades.

A maioria dos usuários frequenta o Bom Prato regularmente, com destaque para aqueles que almoçam no local quatro vezes ou mais por semana.

Perfil dos usuários: quem são os frequentadores do Bom Prato?

A pesquisa também delineou o perfil socioeconômico dos beneficiários, abordando aspectos como residência fixa, ocupação e renda mensal, o que reforça o caráter inclusivo do programa.

Os dados indicam que, em média:

• 55,6% têm renda mensal de até um salário mínimo (R$ 1.518,00)
• 67,3% são homens e 30,3% são mulheres;
• 68% possuem cadastro no CadÚnico e recebem benefício de transferência de renda;
• 85,9% dos usuários afirmaram que os alimentos em casa acabaram antes de conseguirem comprar mais;
• A faixa etária predominante é entre 60 e 74 anos (36,6%), seguida por 45 a 59 anos (25,5%);
• 46% vivem sozinhos, enquanto cerca de 28% estão em união estável ou são casados;
• 82,4% têm residência fixa;
• 70,3% reportaram melhoria na alimentação desde que começaram a frequentar o Bom Prato;
• Para 77,6%, a rede de restaurantes ajudou a comer de forma mais saudável, alcançando 84,7% na capital;
• O tempo de espera para atendimento foi avaliado como bom ou ótimo por 92,5% dos entrevistados;
• 63,8% disseram que teriam dificuldade em garantir todas as refeições do dia sem o Bom Prato, reforçando seu papel fundamental na segurança alimentar.

Rede Bom Prato e pesquisa

Com 71 unidades fixas, 46 pontos de atendimento do Bom Prato Móvel e quatro refeitórios, o programa está presente na capital, nas principais metrópoles e em cidades do interior e litoral.

A pesquisa também destacou a percepção positiva sobre a infraestrutura e o atendimento das unidades, com altos índices de satisfação quanto ao espaço físico e à atuação das equipes.

Realizada em 2025 com 2.333 entrevistados em 40 unidades, a pesquisa da Fundação Seade reafirma que o Bom Prato é muito mais que um restaurante: é uma política pública estruturada, essencial para garantir acesso à alimentação digna, saudável e acessível para a população em vulnerabilidade.

Sobre o Programa Bom Prato

Fundado em 2000, o Bom Prato é um dos maiores programas de segurança alimentar da América Latina. Com o objetivo de fornecer refeições saudáveis e a preços acessíveis, atende diariamente milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade social em todo o estado de São Paulo.

No último ano, foram servidas mais de 100 milhões de refeições, incluindo café da manhã, almoço e jantar, garantindo o acesso a uma alimentação de qualidade para quem mais precisa.

Os preços são simbólicos:
• R$ 0,50 pelo café da manhã;
• R$ 1,00 pelo almoço e jantar.

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As refeições seguem critérios nutricionais rigorosos, oferecendo um cardápio balanceado com variedade de proteínas, legumes, verduras, arroz, feijão e sobremesa, além de acompanhamento nutricional constante. O programa atende especialmente trabalhadores de baixa renda, desempregados, aposentados, pessoas em situação de rua e famílias em situação vulnerável.

Em 2024, foram servidas mais de 38 milhões de refeições, e nos primeiros seis meses deste ano, quase 18 milhões já foram distribuídas no estado.