Na véspera do almoço, agentes da Polícia Militar avistaram um veículo que o Detran-SP vinha monitorando. Na sexta-feira, 5 de setembro, um Astra azul, que circulava pela região de Pinheiros com 602 multas e um total de infrações dez vezes superior ao seu valor de mercado, foi apreendido na zona oeste da capital.
Esse veículo, que acumulava R$ 160,6 mil em dívidas ao Fundo de Multas do Estado, representava um sério risco à segurança no trânsito. A polícia constatou que o motorista não possuía CNH e não era o proprietário do carro.
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A remoção do Astra, que estava sem licenciamento regular há doze anos, integra um novo projeto de fiscalização do Detran-SP, que utiliza análise de dados e inteligência artificial para mapear e monitorar veículos reincidentes em infrações — aqueles que acumulam multas sem intenção de pagamento. Apenas dez dias antes, um Corsa 2004/2005 foi retirado das ruas, acumulando 229 multas e um passivo de R$ 123 mil, quase seis vezes seu valor pela tabela Fipe.
No dia seguinte à apreensão do Astra, outro carro problemático que estava sob vigilância do Detran-SP e da PM foi enviado a um pátio: um Chevrolet Montana 2014/2015, que tinha 434 multas totalizando R$ 101,6 mil em débitos, mais que o dobro do seu valor na tabela Fipe de R$ 40 mil. O veículo, sem licenciamento há quatro anos, também era dirigido por um condutor não habilitado.
Essas operações surgem de uma estratégia de cruzamento de dados sobre infrações e monitoramento de circulação, utilizando inteligência artificial para identificar padrões e prever comportamentos infratores.
Após a fase inicial, focada na capital, o objetivo é institucionalizar o projeto, fortalecendo a atuação do Detran-SP na fiscalização e remoção de veículos irregulares em todo o estado. Isso faz parte de um conjunto de iniciativas para promover um trânsito mais seguro. A cada três meses, a lista de infratores recorrentes será atualizada, com base nos principais reincidentes dos últimos doze meses.
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